quinta-feira, 3 de abril de 2008

O caso "Depuralina" - parte II

Mais um conjunto de notícias interessantes, desta feita com algumas ressalvas espinhosas para a Agel.

Muito em concreto:

As palavra do secretário-geral da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade, ao dizer que : "não existe «nenhum suplemento no mercado para ajudar a emagrecer que seja útil, eficaz e seguro»";

E de Carlos Oliveira, responsável da Associação de Doentes Obesos ou Ex-Obesos em Portugal (ADEXO): «Dizem que servem para perder peso, mas é pura ficção. Servem apenas para tirar dinheiro às pessoas e até podem ter o efeito inverso, ou seja, fazer pior», lembrando que quase sempre são tomados sem acompanhamento de um especialista, podendo levar a situações de sobredosagem.

E da agência Lusa: "Nenhum suplemento alimentar para emagrecer resulta, é a conclusão de todos os estudos científicos".

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É pois, altura para voltar a pedir aos Senhores Membros da Agel para mostrarem os estudos científicos que comprovam a eficácia e os resultados do FIT.

Face às opiniões acima, alguém que esteja
, com seriedade, a pensar em emagrecer não pode acreditar na vossa conversa. Passa por charlatanismo.

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As notícias de hoje (02/04/2008):


Mais de metade das portuguesas em dieta.

Muitas recorrem a suplementos alimentares, como a Depuralina.

Mais de metade das portuguesas estão em dieta permanente, apesar de quase 30 por cento delas terem o peso ideal. Muitas recorrem a suplementos alimentares, um negócio que só no último ano vendeu quase 850 mil unidades.

Embora não exista ainda uma investigação a nível nacional sobre os comportamentos que os portugueses adoptam para perder os quilos indesejados, estudos parciais mostram que «mais de metade das mulheres estão a tentar manter ou perder peso», revelou à agência Lusa Pedro Teixeira, secretário-geral da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO).

O mais curioso é que muitas das mulheres em dieta não têm necessidade de a fazer: «Cerca de 20 a 30 por cento das que querem perder peso estão bem», revela.

Para o responsável da SPEO, «não há nenhuma dieta que funcione», porque «ninguém consegue manter-se durante muito tempo em dieta».

Na guerra contra o excesso de peso, muitas vezes, vale tudo, sendo recorrente esquecer a importância da prática de exercício físico, lembra Pedro Teixeira.

«Ouço muito pouco falar em alterações a longo prazo. A actividade física não tem efeitos no imediato, mas a longo prazo é o que mais leva ao sucesso. As pessoas estão quatro ou cinco anos a ganhar peso e depois querem perdê-lo em dois ou três meses. Muitas acabam por passar a vida a tentar perder peso», diz o responsável.

O ciclo vicioso dos suplementos alimentares

Muitos entram no ciclo vicioso dos suplementos alimentares: depois de experimentar um produto que não resultou, recorre-se ao mais novo suplemento à venda no mercado ou a um produto recomendado por um amigo.

Segundo dados da consultora IMS Heatlh sobre suplementos para emagrecer, existem no mercado português «cerca de 80 marcas activas».

Entre Março de 2007 e Fevereiro de 2008, os portugueses compraram 847.841 unidades, menos 50 mil so que em igual período do ano anterior.

Segundo dados da consultora, os meses da Primavera são sinónimo de lucro para as empresas, atingindo uma média de 280 mil vendas trimestrais. Já nos meses de Inverno, as vendas descem para os 180 mil unidades adquiridas trimestralmente.

Apesar do elevado número de vendas, todos os estudos científicos realizados a suplementos alimentares para emagrecer garantem que nenhum resulta, lembra o secretário-geral da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade.

Pedro Teixeira garante que não existe «nenhum suplemento no mercado para ajudar a emagrecer que seja útil, eficaz e seguro». O facto de não existir fiscalização sobre estes produtos leva a que não haja qualquer garantia de que "o que está dentro da embalagem corresponde ao que está descrito na rotulagem».

De venda livre, os suplementos «seduzem quem desespera por perder peso», lembra Carlos Oliveira, responsável da Associação de Doentes Obesos ou Ex-Obesos em Portugal (ADEXO).

«Dizem que servem para perder peso, mas é pura ficção. Servem apenas para tirar dinheiro às pessoas e até podem ter o efeito inverso, ou seja, fazer pior», alerta Carlos Oliveira, lembrando que quase sempre são tomados sem acompanhamento de um especialista, podendo levar a situações de sobredosagem.

No ranking mundial dos países com maiores taxas de obesidade, Portugal fica em 88º lugar numa tabela que avalia 194 países. Já no que toca ao excesso de peso, os portugueses estão em 73º lugar.

( fonte )

Nenhum suplemento para emagrecer resulta

Estudos científicos são unânimes. Mas há muitos produtos e sem controlo.

Nenhum suplemento alimentar para emagrecer resulta, é a conclusão de todos os estudos científicos, escreve a agência Lusa. No entanto, todos os meses surge um novo no mercado e sem qualquer controlo, estes produtos comportam sérios riscos para quem os toma.

O alerta foi lançado esta quarta-feira pelo secretário-geral da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade, Pedro Teixeira, que garante não existir «nenhum suplemento no mercado para ajudar a emagrecer que seja útil, eficaz e seguro».

Pedro Teixeira, salienta que não existe qualquer fiscalização sobre estes produtos, pelo que não há garantias de que o conteúdo dos frascos corresponde ao descrito nos rótulos. De venda livre, os suplementos «seduzem quem desespera por perder peso», lembra Carlos Oliveira, responsável da Associação de Doentes Obesos ou Ex-Obesos em Portugal (ADEXO).

«Dizem que servem para perder peso, mas é pura ficção. Servem apenas para tirar dinheiro às pessoas e até podem ter o efeito inverso, ou seja, fazer pior», alerta Carlos Oliveira, lembrando que quase sempre são tomados sem acompanhamento de um especialista, podendo levar a situações de sobredosagem.

O secretário-geral da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade sublinha que o risco de abuso é real até porque «as pessoas pensam que se um bocadinho faz bem, um bocadinho mais faz ainda melhor». A recomendação de Pedro Teixeira é que as pessoas com excesso de peso recorram sempre a um profissional de saúde que pode avaliar a eficácia e segurança dos suplementos e até apresentar dietas alternativas.

De acordo com um estudo publicado em Dezembro do ano passado, referente ao período entre 2003 e 2005, 34,4% das mulheres em Portugal têm excesso de peso e 13,4% são obesas. Quanto aos homens, o excesso de peso abrange 45,2% sendo que 15% são obesos.

( fonte)


«É preciso demonstrar segurança da Depuralina»

Distribuidoras do suplemento querem perceber por que razão o suplemento foi suspenso.

As distruibuidoras do suplemento alimentar Depuralina em Portugal consideram que «o mais importante, neste momento, é demonstrar cabalmente a segurança do produto», declarou um responsável das empresas à agência Lusa.

Ricardo Leite, director técnico e farmacêutico da Dietlab (que procede à distribuição em farmácias e parafarmácias) e da Dietmed (que distribui o produto em ervanárias e dietéticas), falou à Lusa após uma reunião com o Gabinete de Planeamento e Políticas do Ministério da Agricultura.

«O nosso objectivo, ao solicitarmos a reunião, era o de ficarmos a conhecer as razões e os fundamentos que conduziram à decisão de suspender a comercialização da Depuralina», afirmou o responsável.

Todavia, «alegando a reserva da privacidade e o sigilo médico», o Gabinete de Planeamento e Políticas «escusou-se a facultar os processos que relacionam o consumo de Depuralina com episódios de doença, limitando-se a confirmar que são três os relatórios em causa», declarou Ricardo Leite.

«O Ministério da Agricultura afirmou, porém, que iria recorrer ao seu gabinete jurídico para decidir que documentos nos podem ser disponibilizados, pelo que vamos aguardar até quinta-feira», revelou.

ASAE avalia risco do suplemento

Ainda de acordo com o director técnico e farmacêutico, durante a reunião o Gabinete informou que esta terça-feira pediu à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) que avaliasse o risco do suplemento.

Além de querer esclarecer a segurança da Depuralina, as distribuidoras pretendem saber «qual dos quatro produtos Depuralina causou problemas», disse Ricardo Leite, acrescentando que «também já foram solicitadas, a uma autoridade acreditada espanhola, análises ao produto, devendo haver respostas dentro de dois dias».

Em relação ao casal que, segundo a rádio TSF, está internado no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, com sintomas de reacção alérgica depois de ter tomado o suplemento alimentar, o responsável comentou que, «na sequência das indicações do Ministério da Saúde para os utilizadores de Depuralina, é normal que qualquer pessoa que tome o produto corra para o hospital se sentir algum mal-estar».

Ricardo Leite lamentou ainda «a confusão de conceitos que tem vindo a público» e recordou que «os suplementos alimentares estão regulados por uma directiva comunitária transposta para o direito interno dos vários estados-membros».

A venda do suplemento alimentar Depuralina foi suspensa terça-feira devido a «fortes suspeitas de associação causal entre a utilização» do produto e o aparecimento de episódios tóxicos graves, como alergias (choque anafiláctico) e toxicidade do fígado.

A medida teve lugar após a notificação de «três casos graves de doença aguda, e após análise por especialistas da Direcção-Geral da Saúde, do Gabinete de Planeamento e Políticas do Ministério da Agricultura e do Infarmed», segundo um comunicado da Direcção-Geral da Saúde, Gabinete de Planeamento e Políticas do Ministério da Agricultura e Autoridade Nacional do Medicamento.

O documento recomenda ainda que os consumidores do suplemento suspendam o seu consumo e, caso apresentem qualquer alteração do seu estado de saúde, consultem de imediato um médico.

( fonte )


Depuralina: empresa quer continuar a vender

Director técnico em Portugal, Ricardo Leite, admite recorrer aos tribunais.

A empresa que comercializa o suplemento alimentar Depuralina em Portugal admite recorrer à Justiça caso não obtenha do Ministério da Agricultura respostas para a suspensão da venda do produto decretada terça-feira, noticia a agência Lusa.

Miguel Angel Isidro, director técnico e do laboratório da empresa que comercializa a Depuralina, informou que irá reunir-se esta quarta-feira com o Ministério da Agricultura em busca de respostas para a suspensão.

O responsável diz esperar que na reunião com o Gabinete de Planeamento e Políticas do Ministério da Agricultura fiquem esclarecidos quais os motivos da suspensão da venda do produto e que a situação volte a ser a mesma que era na segunda-feira.

Caso não obtenha essas respostas, o responsável admite recorrer aos tribunais «como qualquer outra pessoa que seja pisada e alvo de uma injustiça».

O director técnico da Depuralina em Portugal, Ricardo Leite, garantiu que o produto respeita toda a legislação sobre suplementos alimentares, que decorre da transposição de uma directiva comunitária também aplicada em países como a Espanha, França e Alemanha.

O mesmo responsável diz que o rótulo do produto inclui todos os seus componentes e tem uma advertência especial para os alérgicos ao glúten (só os medicamentos são obrigados a indicar as contra-indicações e reacções adversas e a Depuralina não é um medicamento, mas sim um alimento).

A venda do suplemento alimentar Depuralina foi terça-feira suspensa, na sequência da notificação de três casos de reacções adversas graves, que podem estar associados ao consumo do produto.

Num comunicado conjunto da Direcção-Geral da Saúde, Gabinete de Planeamento e Políticas do Ministério da Agricultura e Infarmed foi oficialmente divulgada a suspensão imediata da venda do suplemento alimentar devido a "fortes suspeitas de associação causal entre a utilização" do produto e o aparecimento de episódios tóxicos graves.

As «fortes suspeitas» de casos de reacção alérgicas e toxicidade no fígado devido ao consumo da Depuralina surgiram após a notificação de "três casos graves de doença aguda, e após análise por especialistas" das três instituições.

Identificada a situação pelos dispositivos de alerta, seguindo o princípio da precaução e por razões de protecção da saúde pública, foi assim determinada a suspensão imediata da comercialização, refere o comunicado oficial.

O documento recomenda ainda que os consumidores do suplemento suspendam o seu consumo e caso apresentem qualquer alteração do seu estado de saúde, consultem de imediato um médico.

( fonte )

Depuralina: Farmacêuticos criticam regulação

Ordem lamenta a ausência de um controlo semelhante ao aplicado na área do medicamento.

A Ordem dos Farmacêuticos (OF) critica a falta de sistemas de controlo e alerta de segurança no sector dos suplementos alimentares, como acontece com os medicamentos, e alertou para os potenciais «riscos para a saúde pública», informa a agência Lusa.

Na sequência da decisão da suspensão da venda do suplemento alimentar Depuralina, a OF lamenta a ausência de um controlo semelhante ao aplicado na área do medicamento.

A direcção lembra que quando é decretada a recolha de medicamentos, as farmácias são «avisadas em tempo útil por via electrónica» pelo Infarmed «o que não aconteceu com a Depuralina por se tratar de um suplemento alimentar». «Neste caso, os farmacêuticos tomaram conhecimento desta decisão pelos meios de comunicação social e aguardaram o envio de uma informação oficial», indica o comunicado.

Face aos «notórios riscos para a saúde pública», a OF considera «necessário e urgente» um reforço da coordenação entre organismos oficiais e defende «procedimentos que garantam a recolha imediata do mercado dos produtos, mediante a detecção de reacções adversas ou de outros efeitos prejudiciais para o consumidor».

A OF sublinha que os suplementos alimentares não são considerados medicamentos, mas são dispensados livremente pelos farmacêuticos em farmácias e outros pontos de venda de medicamentos não sujeitos a receita médica.

( fonte )


2 comentários:

Anónimo disse...

Até tava com algum sentido nas suas duvidas, mas agora a depuralina?? Que tem a ver com a Agel?? Não percebi, peço desculpa, produtos dietéticos?? Continuo a não entender, a Agel dos 8 tipos de gel, SÓ 1 é que tem a vertente das dietas, todos os outros tem a ver com o nosso bem estar e a nossa saude. E não tem restrições, são produtos naturais.

Cumps

Pedro Menard disse...

Caro anónimo,

Se se desse ao trabalho, porventura muito complicado para si, de ler os parágrafos iniciais da mensagem que está a comentar, iria perceber que eu não estou a comparar a Depuralina com os oito produtos da Agel.

Iria compreender que eu nem sequer estou a comparar a Depuralina com nenhum produto Agel.

Iria compreender que o FIT, lá por ser um produto natural, não está a salvo de poder fazer mal à saude.

Iria compreender ainda que não há nenhuma prova concreta de que tal produto faça alguma coisa na prática, que permita aos seus consumidores emagrecerem.

Cumprimentos.