sexta-feira, 30 de maio de 2008

Explicação do negócio Agel - parte IV

Explicação do “Plano de Compensações” Agel


O Plano de Compensações - PT
O Plano de Compensações - North America, já com algumas curiosas alterações a serem implementadas em Junho/08, no "bónus de alavancagem"

Antes de iniciarem a leitura deste artigo, sugiro que visionem o Sr. Randy Gage a falar do assunto. Mais do que qualquer documento oficial ou não oficial sobre o plano, esta apresentação explica muita coisa de forma simples e clara (embora não totalmente transparente).

Parte 1
Parte 2
Parte 3
Parte 4

O plano é composto por oito maneiras de "premiar" os Membros da rede, mas nem todas estão logo acessíveis a quem entra de início na rede. Muito pelo contrário, quase nenhuma está disponível, sendo que os bónus mais apetecíveis só serão alcançados por uma ínfima minoria de todos os que alguma vez se inscreverem na rede. A hierarquia de "vencedores", ou "ganhadores de dinheiro", na Agel foi organizada de acordo com uma série de chavões que imitam os cargos profissionais de uma empresa dita normal. Assim, temos que as hierarquias de baixo, as que não chegam aos 2.000VC na perna mais fraca, não têm cargo nenhum (são a classe trabalhadora, por assim dizer - a que contribui com o seu próprio dinheiro para que todas as outras classes ganhem sem nada terem que fazer para tal).

A partir dos 2.000VC na perna mais fraca, temos o seguinte:

Entre os 2.000VC e os 3.999VC é atribuido o título de Manager ou Gestor.
Entre os 4.000VC e os 9.999VC é atribuido o título de Senior Manager ou Gestor Sénior.
Entre os 10.000VC e os 19.999VC é atribuido o título de Director.
Entre os 20.000VC e os 39.999VC é atribuido o título de Regional Director ou Director Regional.
Entre os 40.000VC e os 79.999VC é atribuido o título de Senior Director ou Director Sénior.
Entre os 80.000VC e os 149.999VC é atribuido o título de Company Director ou Director de empresa.
Entre os 150.000VC e os 249.999VC é atribuido o título de Diamond Director ou Director Diamante.
Entre os 250.000VC e os 499.999VC é atribuido o título de Double Diamond Director ou Duplo Director Diamante.
Entre os 500.000VC e os 999.999VC é atribuido o título de Triple Diamond Director ou Triplo Director Diamante.
Para 1.000.000VC e acima é atribuido o título de Quadruple Diamond Director ou Quádruplo Director Diamante.

Na prática, estas categorias todas vão ser preenchidas por uma parca quantidade de Membros. A grande maioria de inscritos, cerca de 98%, irão ocupar os lugares mais abaixo, as que não têm designação específica.

Como resumo dos prémios no plano de compensações, temos o seguinte:

1 - Vendas a Retalho - Consiste em vender a terceiros os produtos que foram adquirido à Agel. É uma venda directa normal ("fora dos locais tradicionais de comércio"). O distribuidor ganha a margem de lucro entre o que pagou à Agel e o que recebeu do cliente.
Acessível a todos os membros, e não são necessárias contrapartidas.

2 - Comissões de Início Rápido - é o bónus de recrutamento, trocando por palavras mais simples. Ganha-se dinheiro directamente por inscrever membros na rede. Há quem goste de dizer que é uma comissão derivada das primeiras compras feitas pelos novos membro inscritos - um jogo de palavras para evitar associações à palavra "pirâmide", mas que não serve para esconder a realidade.
Acessível a todos os Membros. Para receber o bónus, um Membro tem de ter encomendado uma caixa de produto nesse mês.

3 - Bónus Executivo - 3% do total de VC gerados pela rede Agel no mundo todo, no mês anterior, é dividido em proporções ponderadas por todos os Membros que se tiverem inscrito no plano Executivo. Não há maneira de saber ao certo quanto vale este prémio mensalmente. É imprevisível.
Acessível apenas aos membros que sejam Executivos e que tenham conseguido fazer crescer a perna mais curta em pelo menos 1000VC nesse mês. Cada 1000VC de crescimento dá direito a uma "acção". A partir dos 40.000VC na perna mais fraca, este bónus desaparece.

4 e 5 - Bónus para carro de luxo e Bónus para despesas de representação - A partir do nível "Director Sénior", a Agel paga uma recompensa mensal, que começa nos 500$ e pode ir a até aos 3.000$ (conforme o nível do Membro), para ajudar na suposta compra de um carro de luxo. Este bónus é repetido tal e qual para o bónus de despesas de representação. Como não há qualquer distinção prática entre os dois, estes bónus formam um só (foram divididos para poderem parecer dois) - podemos dizer que a partir de Director Senior, os Membros têm 1.000$ por mês à disposição para fazerem o que lhe der na gana.
Cada um destes bónus exige que o Membro seja Director Sénior e que encomende 2 caixas de produtos nesse mês. Apenas 0,2% do total de inscritos terá alguma vez acesso a este prémio (não leram mal: é mesmo zero vírgula dois porcento do total de inscritos...).

6 - Retiro Anual para administração - Mais um bónus impossível de contabilizar monetariamente. Todos os anos a Agel contribui com dinheiro para que todos os Membros acima de Director Sénior se juntem num encontro Agel, apenas para hierarquias de topo.
À semelhança dos prémios de carro de luxo e de despesas de representação, apenas 0,2% de todos os Membros terá alguma vez acesso a este bónus. Adicionalmente, para o receber, o Membro tem de se ter qualificado como Director Sénior durante pelo menos três meses no ano.

7 - Comissões de Volume de Equipa - Cada Membro ganha, todos os meses, 10% do Volume Comissionável gerado pelas pessoas na sua perna mais fraca. Por outras palavras, 10% sobre as compras que todas as pessoas colocadas abaixo de si, na perna com menos volume, tiverem feito em conjunto.
Acessível a todos os Membros que tenham recrutado directamente alguém e que tenham pelos menos uma pessoa a fazer uma encomenda na perna mais fraca. Para receber o bónus, um Membro tem de ter encomendado uma caixa de produto nesse mês. (pelo menos 50% do total de pessoas inscritas na rede NUNCA ganhará um tostão deste bónus).

8 - Bónus de correspondência equilibrada (a.k.a. " de alavancagem") - De longe o bónus mais apetecido, e o que mais directamente está relacionado com o recrutamento de pessoas para a rede (fora o bónus de recrutamento). Acima do nível de Gestor, este bónus recompensa cada Membro com uma percentagem dos valores ganhos no bónus de "Comissões de Volume de equipa" (ver ponto 7) pelos filhos, netos, bisnetos e etc, desse Membro. Quanto mais pessoas esse Membro tiver recrutado para a rede mais o efeito multiplicador/alavanca se fará sentir. Quanto mais para cima for a categoria hierárquica do Membro, mais gerações abaixo contribuirão para o cálculo do bónus.
Este bónus exige a encomenda de 2 caixas de produto por mês (e obviamente exige pelo menos a existência de alguém recrutado directamente - um filho). Apenas 1,5% de todos os Membros Inscritos na rede terá alguma vez acesso a este prémio.

-EDIT - Junho/08 - Este bónus sofreu alterações recentes na abrangência e volume de pagamentos. Muito por alto, os níveis de Manager e Senior Manager foram excluídos do bónus - e passamos a ter 0,4% de acesso, contra os 1,5% originais,
E quase todas as margens de cálculo foram "suavizadas" para valores inferiores... (e faz-se então a seguinte pergunta: será que estas alterações são aplicadas a todos os membros, incluindo quem já está a usufruir destes bónus, ou é só para aqueles que entrarem daqui para a frente na Agel?). - END EDIT

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Por alto: das 8 recompensas que existem no plano (e que na realidade são apenas 7, se contarmos, mesmo assim, com as vendas directas), 3 delas apenas serão alcançadas por 0,2% dos membros, 1 por 1,5% dos membros, 1 por 50% dos membros (na melhor das hipóteses), 1 por alguns (número indeterminado) membros Executivos, e as restantes 2 (a venda de produtos e o recrutamento de novos membros) estarão acessíveis a todos. Para tornar as coisas ainda mais engraçadas, as tais quatro recompensas de topo são as que dão maiores lucros.

MAGNÍFICO, SEM DÚVIDA.


Os cálculos dos valores para as percentagens de "acessibilidade" aos prémios serão revelados no final destes série de artigos. Há muita coisa que tem de ser explicada antes disso.

Analisemos estas "8 formas de ganhar dinheiro"mais à lupa...


1 – Vendas a Retalho –

“Os Membros da Equipa podem comprar produtos Agel ao preço por grosso, vendê-los ao preço de venda ao público sugerido e receber imediatamente os lucros.”

De todas as maneiras de ganhar dinheiro enunciadas no “Plano de Compensações” Agel, esta é única que honra o compromisso da Venda Directa - um canal de distribuição de produtos entre empresas e consumidores finais, fora dos locais de comércio tradicional, através de uma rede de vendedores independentes, que servem de únicos intermediários no negócio -, e é também a maneira legítima de conduzir o negócio (“interesse em vender”, em vez de “interesse em recrutar”).

Um Membro da rede pode vender os produtos que compra à Agel a terceiros fora da rede, o chamado “público”, ou cliente final. A margem que conseguir garantir entre o preço de compra e o preço de venda será o seu lucro bruto.


A Agel, no contrato que tem com os seus membros, ponto 8.1, refere que tem o direito exclusivo de determinar o preço final dos produtos, tanto por “grosso”, como a retalho. Segundo consta na apresentação do Sr. Gage, esse valor anda na casa do 20% a retalho, em cima do custo obtido por “grosso”.

Apesar de ser esta a forma principal de poder legitimar todo o negócio da empresa, quase nenhum Membro opta por esta forma de rendimento. Entende-se porquê. Por um lado, os preços dos produtos são proibitivos face às alternativas que há no mercado tradicional e, por outro, qualquer outra das formas de rendimento do Plano de Compensações é muito mais atractiva, rentável, e fácil de colocar em prática – tudo começa pelo recrutamento de outras pessoas para a rede. Por melhor que o produto possa ser ou parecer, é complicado convencer uma pessoa a comprá-lo sem que haja uma contrapartida por trás que não seja a do simples consumo. É sempre mais fácil incentivar uma pessoa a entrar na rede do que tentar vender-lhe um produto de que ela não precisa na maior parte dos casos.

Por outro lado, e mais importante ainda em termos de impacto sobre as expectativas do negócio e incentivo à adesão, a Agel é apresentada aos novos membros como uma rede onde "não tem de se vender nada". As pessoas entram na rede já com essa ideia na cabeça - e é bem provável que entrem precisamente por causa dessa "possibilidade". Apenas é necessário ir comprando os produtos e ir ganhando com as compras do downline. A imagem seguinte mostra um exemplo, de entre muitos que recolhi na Internet...


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Em substituição/complemento desta forma de Venda Directa, a Agel propõe uma outra (também perfeitamente legítima): a inscrição de “clientes preferenciais” na rede, uma situação que não é apresentado por escrito neste “Plano de Compensações”, não sei bem por que razão.

Os clientes preferenciais são inscritos na rede da Agel quase como se de membros se tratassem, por forma a poderem encomendar os produtos directamente à empresa da forma que lhes for mais conveniente, inclusivamente em “autoship” (um procedimento automático de envio mensal). Contudo, um cliente preferencial não tem acesso a nenhum dos prémios deste “Plano de Compensações” e não pode recrutar novos Membros ou clientes preferências - a sua única hipótese é mesmo comprar produtos.

No "esquema das bolas", os clientes preferenciais aparecem representados de cada lado do membro que os inscreve.


Randy Gage desaconselha as vendas a retalho na sua apresentação (em detrimento da opção "cliente preferencial") mesmo que a situação esteja prevista no contrato, alínea 8.4, como sendo a maneira principal para os novos Membros ganharem dinheiro. Isto deve-se, creio, ao facto de uma encomenda feita por um cliente preferencial gerar uma injecção de VC na rede, tal como sucede com as encomendas de Membros, possibilitando assim o ganho de comissões de venda não só por parte de quem inscreveu o cliente, mas também por parte do upline.

No caso da venda de produtos a clientes preferenciais, a mercadoria não passa pelas mãos do membro da Agel, como na venda a retalho. É antes enviada directamente da Agel para casa do consumidor, como de resto acontece com os Membros.




Ainda segundo aquilo que Randy Gage diz na apresentação, os preços dos produtos para os clientes preferências são 5$ mais caros do que para os Membros. Esses 5$ serão pagos ao Membro que os inscreveu se o cliente preferencial tiver activado a opção de “autoship”. Contudo, não há informações escritas em lado nenhum sobre este assunto - e tal procedimento pode não ser utilizado em Portugal (não faço, pois, a mais pequena ideias sobre se é assim ou não é).

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Deixo uma nota para reflexão: porque é que alguém que está interessado apenas nos produtos (caso raro) haveria alguma vez de os comprar a retalho se é mais simples inscrever-se na rede, e porque é que se haveria de inscrever como "cliente preferencial" se sai menos caro inscrever-se como Membro?

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No próximo artigo focarei mais "maneiras de ganhar dinheiro"...

quinta-feira, 29 de maio de 2008

O que fazem alguns membros da Agel quando são apanhados em contramão

ou, Como calar uma voz inconveniente de forma inqualificável

Interrompo a série dedicada à explicação do negócio Agel por me sentir revoltado com a atitude de uma pessoa.

Em mais um caso de censura total a que fui submetido ao longo destes sete meses de denúncia da actividade fraudulenta da Agel (e já é a terceira vez que me acontece isto), o "dono" ou administrador de um fórum de discussão de jogos de computador ( http://fraglider.sapo.pt/forum ), por acaso membro a Agel, decidiu interditar-me o acesso à colocação de mensagens, depois de uma discussão acesa em que comecei por indicar algumas das suas mentiras.

Inicialmente não me apercebi de que a pessoa com quem estava a falar, um tal de Purple ("O Patife"), era a mesma que me havia enviado a mensagem de acesso quando me inscrevi no fórum. Só fiz a ligação mais tarde, depois de me terem desactivado a conta sem qualquer explicação, quando olhei para o nome no e-mail, Ricardo Mota, e me lembrei que já o tinha visto em qualquer lado. O Sr. Ricardo Mota tem um site Agel ( http://www.myagelteam.org/ ) e tem também um fórum Agel ( http://www.myagelteam.org/forum/).



Quanto à thread no dito fórum de onde fui aparentemente banido sem qualquer explicação, podem lê-la aqui . Atentem a todas as mentiras que o Sr. Purple/Ricardo Mota escreve ao longo das mensagens a propósito do meu blog (e a propósito do negócio da Agel), atentem ao modo como me responde quando eu resolvo entrar na discussão para repor a verdade (de forma insultuosa e sem tentar sequer explicar aquilo que lhe peço), e atentem ao modo como continua a colocar mensagens na thread (duas) já depois de me ter expulso, sabendo que eu não posso responder, e não fazendo nenhuma menção ao esse pequeno pormenor...


É notório que o Sr. Ricardo Mota tem aversão à minha pessoa. Vê-se na forma como me trata e como me responde. Não o levo a mal por isso. É algo a que já estou habituado (comes with the job) e é algo inerente ao carácter próprio de certos indivíduos. Quando denunciamos situações que ameaçam o bolso de alguém, tenhamos ou não razão, o resultado pode ser esse. Insultos, conversas a tender para a ordinarice, repostas evasivas, tentativas de descrédito.

Agora, que o dito senhor não me deixe falar e expor as minhas ideias na mesma base de liberdade de que ele próprio se serve, isso já é outra conversa. Há quem não tenha vergonha nenhuma na cara. Há quem não tenha força moral para ouvir e aceitar críticas contrárias. Há quem prefira calar as vozes inconvenientes.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Explicação do Negócio da Agel - parte III

Alguns preços e valores


Quanto custam os produtos Agel?

Para Membros, o preço base de cada embalagem de 30 pacotes de gel varia conforme o produto:

EXO - 54€
MIN - 54€
FIT - 54€
OHM - 54€
UMI – 64€
FLX – 64€

Conjunto Ageless (7 produtos para a pele) – 200€

A estes valores, acrescem custos de transporte e IVA à taxa legal, valores que são discretamente omitidos pela Agel e pelos seus membros, que preferem dizer que os produtos rondam os 50€, como eu já li, vi e ouvi em muitos lados.

Na encomenda inicial, aquela que é obrigatória fazer-se para alguém se tornar Membro, a Agel suporta os custos de transporte. O choque chega depois, nas encomendas subsequentes, visto que é o Membro que fica com esse encargo. Neste momento, em Portugal, o transportador contratado para fazer as entregas é a FeDex e o custo para cada entrega de 1 ou 2 embalagens de pacotes é de cerca de 15€. O IVA, como se trata de produtos alimentares, é de 5%. Para a embalagem de cremes, o IVA é de 21%.

Assim, para uma encomenda posterior à inicial, e para Membros, temos os seguintes exemplos:

1 Embalagem de pacotes de gel EXO: ( 54€ x 1,05 ) + 15€ = 71,7€

1 Embalagem de pacotes de gel FLX: ( 64€ x 1,05 ) + 15€ = 82,2€

2 Embalagem de pacotes de gel EXO: ( 54€ + 54€ ) x 1,05 + 15€ = 128,4€

2 Embalagens de pacotes de gel FLX: ( 64€ + 64€ ) x 1,05 + 15 €= 149,4€

1 Conjunto Ageless: (200€ x 1,21 ) + 15€ = 257€

Estes são os verdadeiros preços finais dos produtos.

A encomenda mínima mensal, para efeitos de recebimento dos prémios do plano de compensações, será sempre de cerca de 72€.

Para o cliente final - não membro - que estiver suficientemente louco e disposto a pagar o preço a retalho de um qualquer destes produtos, a margem de lucro sugerida para os membros é de 20%, pelo que uma embalagem de EXO custará 71,7€ x 1,2 = 86€, e uma de FLX custará 84€ x 1,2 = 98,4€. Mal por mal, a hipótese "cliente preferencial" será sempre uma melhor escolha para quem só estiver interessado em comprar os produtos Agel, uma vez que o preço final, nesse caso, será apenas de 5$ acima do preço para os Membros da rede (informação esta que, para variar, não vem escrita em lado nenhum).

Quanto custa entrar na rede Agel?


Para se ser Membro (Team Member) há que desembolsar: a) uma taxa de inscrição fixa, de 35$ (dólares americanos), e b) um determinado valor em produtos (a encomenda inicial), que varia conforme o plano que se adquire, básico ou executivo, e os produtos que se encomenda.

O plano básico obriga à compra de 4 caixas de pacotes de gel e o plano executivo 16.

Conforme os produtos encomendados, temos:

O valor mais baixo possível a pagar por um plano básico: (54€ + 54€ + 54€ + 54€) x 1,05 + 35$ = 226,8€ + 35$

O valor mais alto por um básico será: (64€ + 64€ + 64€ + 64€) x 1,05 + 35$ = 268,8€ + 35$

O valor mais baixo possível a pagar por um plano executivo: (54€ x 16) x 1,05 + 35$ = 907,2 + 35€

O valor mais alto a pagar por um executivo: (65€ x 16) x 1,05 + 35$ = 1075,2€ + 35$

O preço final da adesão dependerá, portanto, das conjugações de produtos que forem feitas.

Em cima destes valores, e a julgar por algumas facturas que vi na Internet, há ainda um custo de "Pack Adjustements", que não sei ao certo como calcular.

Um cliente preferencial não paga nada para entrar na rede, não tem obrigação de efectuar uma encomenda mínima inicial e não pode beneficiar de nenhum prémio enunciado no plano de compensações.

Euros, dólares e VC, e como se conjugam entre si.


Segundo a Agel, para uniformizar o mercado mundial e torná-lo equiparável, havia que encontrar uma "medida monetária" comum a todos os países. Essa medida é o Volume Comissionável, ou VC. O VC, por convenção, está sempre equiparado ao dólar americano. 1 unidade de VC = 1 Dólar. Todas as compras feitas pelos Membros da rede ou clientes preferenciais entram no sistema informático em VC. Todos os pagamentos feitos a membros por efeito do plano de compensações são pagos a partir da conversão de VC para a moeda corrente.

Por exemplo:

A compra de uma embalagem de gel de 54€ injecta 50VC na rede (e no sistema informático), e os produtos de 64€ injectam 65VC.

A compra de um conjunto Ageless injecta na rede 200VC.

A encomenda inicial feita pela inscrição num plano básico (sejam quais forem as embalagens de gel que o compõem) injecta 125VC na rede.

A encomenda inicial feita por um plano executivo injecta 500VC na rede.

O upline recebe 10% destes valores, convertidos de dólares para euros. Um Membro que em Portugal tenha a receber, ao final do mês, um valor de 100VC, já a contar que são 10% de 1000VC, terá de o cambiar de dólares para euros: 100VC = 100$ = 66,6€ (se a taxa de câmbio entre dólares e euros estiver a 1,5).

Correm rumores de que a Agel fixou a taxa de câmbio entre o dólar e o euro num determinado valor fixo abaixo da taxa actual (1,2 ou perto disto), mas não há informações concretas documentadas ou oficiais quanto a isto. De qualquer forma, com ou sem valor fixo para a taxa de câmbio, os números finais de insucesso não se alteram de forma significativa, mas isto são assuntos para tratar mais tarde...

Resta dizer que grande parte dos prémios Agel é pago a partir do Volume Comissionável gerado pelas pessoas que estiverem abaixo de nós, na perna mais fraca (1) do downline. A título de exemplo, se o nosso downline for constituído por quatro pessoas em cada perna, e se cada uma delas tiver encomendado uma embalagem de pacotes de gel no mês corrente, ao final do mês teremos a receber, pelo bónus de Volume de Equipa, 10% da perna mais fraca (que aqui é indiferente, a esquerda ou a direita), ou seja, 10% de (50VC + 50VC + 50VC + 50VC) = 10% de 200VC = 20VC = 20$ = 13,3€ (para recebermos este valor, contudo, teremos de ter encomendado uma embalagem de gel no início desse mesmo mês e de ter recrutado uma das oito pessoas constantes nesse downline). Se pensarmos um pouco no assunto, chegamos à conclusão de que os euros injectados na rede são trucidados pelo sistema dos VC e acabam por sair do outro lado em dólares americanos sem que seja feita qualquer operação de câmbio correcta. São posteriormente sujeitos a uma redução ainda maior quando forem trocados novamente para euros, aí sim, já com o câmbio a funcionar normalmente. O erro é sempre a favor da Agel...

Se tudo funcionasse de forma objectiva, transparente e honesta, ainda que excluindo os custos de transporte dos cálculos, um investimento de 54€ injectaria na rede 81VC, e um investimento de 64€ injectaria 96VC. E o mesmo em relação às encomendas iniciais: 216€ por quatro embalagens deveriam originar 324VC na rede (e não 125), e 864€ por 16 embalagens deveriam originar 1296VC (contra os 500 actuais). Só assim o cambio de volta para euros poderia ser considerado justo.

É mais fácil visualizar estes conceitos com a ajuda de um esquema, que será publicado num dos próximos artigos.

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(1) - Os conceitos de "Pernas", "perna mais fraca" e "perna mais forte" são originários do plano binário. Cada Membro que entra na rede pode recrutar e colocar outros Membros em uma de duas "pernas", a esquerda ou a direita. A perna que no final do mês tiver menos investimentos monetários (i.e. compras feitas por esses Membros no downline) é considerada a "perna mais fraca". Cabe ao membro que faz o recrutamento decidir em que "perna" coloca o novo membro, de forma a maximizar as potencialidades de receita económica ao final do mês. Mais informações sobre este assunto em mensagens posteriores


terça-feira, 20 de maio de 2008

Explicação do Negócio da Agel - parte II

A rede de associados e o seu modo de expansão.

A Agel utiliza um modelo de MLM conhecido por plano binário para colocação de novos membros na rede (outra empresa que utiliza este plano é, por exemplo, a USANA, que não tem presença cá em Portugal).

Isto significa que a cada novo membro que entra na rede, e que é recrutado por outro membro já pertencente, é dada a possibilidade de recrutar novos membros para colocar por baixo de si, à direita ou à esquerda, naquilo que são chamadas de “pernas”. Significa também que, no nível hierárquico imediatamente a seguir a cada centro de negócios, apenas pode haver um máximo de dois membros, um à esquerda e outro à direita. Significa ainda que por cada nível hierárquico totalmente preenchido a quantidade de centros de negócio duplica em relação ao nível acima.

Um exemplo esquematizado servirá melhor o propósito de mostrar como as coisas se passam na realidade. Vamos supor que, em determinada altura, o Bruno aceita entrar na rede da Agel. A imagem 1 mostra como se expande um plano binário, com cada membro a dispor os restantes segundo níveis hierárquico e pernas laterais. O 2º nível duplica a quantidade de membros do 1º, o 3º do 2º, e por aí adiante. O Bruno é recrutado por alguém que já é membro, mas ignora quantos níveis e quantas pessoas há acima de si. O seu objectivo primário, agora que faz parte da rede, é recrutar outras pessoas, construir por baixo de si uma equipa que lhe pague os custos de investimento e manutenção. Tal como ele está a contribuir para pagar os custos dos que lhe estão acima (a verde).


O Bruno, quando entra na rede com um centro de negócios, “adquire” a possibilidade de expandir a equipe colocando pessoas na perna esquerda e na perna direita (imagem 2).

O Bruno recruta a Ana e coloca-a na perna direita (imagem 3.). Depois recruta o José e coloca-o na perna esquerda (imagem 4).


O Bruno recruta o Pedro (imagem 5). Escolheu um de entre quatro possíveis locais para o colocar, na perna esquerda do José. Também o poderia ter colocado na perna direita do José, ou na perna esquerda da Ana, ou ainda na perna direita da Ana. Não faria qualquer diferença. Como o plano é binário, o Bruno não pôde colocar o Pedro imediatamente por baixo de si, embora o patrocine/recrute directamente (imagem 5b). Há uma excepção a esta regra, contudo, na opção "pacote executivo", mas para já, e porque as minhas certezas quanto ao modo funcionamento efectivo dessa opção são iguais a zero, o que interessa saber é o que está no gráfico. Mais tarde explicarei as nuances relativas aos "centros de negócio" (no "pacote básico", o mais barato, um membro tem direito a inscrever na rede um centro de negócios, enquanto que no "pacote executivo" tem direito a explorar três centros de negócio).


Imagem 6. A Ana recruta o Mário e coloca-o na sua perna direita.


Imagem 7. O Bruno recruta a Maria e coloca-a na perna esquerda da Ana.


Imagem 8. Alguém na hierarquia acima do Bruno recruta o André e coloca-o na perna direita do José.


Imagem 9. Ao final de algum tempo, o Bruno tem 13 pessoas por baixo de si na rede, distribuídas pelas duas pernas, algumas delas recrutadas directamente por ele, outras recrutadas por pessoas que ele colocou na rede, e outras ainda recrutadas por pessoas acima dele na rede. A questão das duas pernas é de extrema importância no planeamento da equipa de determinado membro, uma vez que na Agel, quase todo o sistema de pagamento de comissões e recompensas é deduzido a partir da quantidade de unidades monetárias investidas/injectadas na rede pela perna mais fraca.



Imagem 10. Todas as pessoas que o Bruno tem por cima, e que tenham uma linhagem comum entre si, são chamadas de upline. O upline de um membro na rede é constituído por todas as pessoas que podem receber comissões e recompensas derivadas dos investimentos do Bruno e da equipa do Bruno. Por seu turno, o Bruno pode receber comissões e recompensas derivadas de todas as pessoas que foram colocadas por baixo de si na rede, directa ou indirectamente, e que partilham de uma ligação entre si. É o chamado donwline. Na Agel, sem um donwline volumoso (acima de cerca de 40 membros distribuídos de forma equilibrada pelas duas pernas), ninguém ganha dinheiro suficiente para pagar as depesas – e é essa uma das razões pela qual o sistema é identificável como uma Pirâmide. As vendas a retalho representam uma possibilidade extremamente remota e desconfortável, que ninguém está disposto a utilizar, muito por culpa da “espectacularidade” das recompensas relacionadas com e derivadas do recrutamento de novos membros. As vendas a retalho marcam presença no Plano de Compensações apenas para disfarçar a ilegitimidade do negócio. Na realidade, apenas uma ínfima parte dos membros recorre a esta opção. Ninguém fica rico a vender produtos exorbitantes num sistema a retalho, evidentemente.




A utilização de um plano binário é uma escolha que beneficia o “trabalho de equipa” e potencia a ideia de que todos se ajudam uns aos outros para alcançar um objectivo comum (o de subir acima da “linha de água”, em que o total de receitas se sobrepõe o total de despesas). É um esquema rígido que traz benefícios aparentes sobre outros esquemas utilizados no MLM e nas Vendas em Pirâmide, uma vez que, a partir dos dois membros recrutados com sucesso, um membro é obrigado a colocar mais recrutados não apenas por baixo de si, mas também por baixo de outros membros entretanto colocados na rede, para benefício de todas as partes envolvidas, pelo menos do lado do upline .

Isto tudo parece um jogo, não é? Um jogo original, moderno e divertido, jogado através da Internet através da colocação de pequenas peça-pessoa num tabuleiro electrónico. Um jogo a dinheiro que muitas pessoas jogam para ganhar e perdem miseravelmente, sem que se tenham apercebido sequer das reais hipóteses em cima da mesa. De qualquer forma, o conceito de participação nesta espécie de jogo representa por si só um grande aliciante para a entrada de novos membros na rede. E ainda não falei sequer em dinheiros...

Desta perspectiva, e enquanto não cruzamos estas informações com as formas de cálculo e valores monetários agregados ao modelo, tudo parede um conto de fadas, uma maneira fácil e aliciante de ganhar dinheiro.


Filhos, netos, bisnetos, etc., etc….

Todos os membros recrutados directamente pelo Bruno, independentemente do local onde são colocados na rede, são apelidados de filhos. Na rede Agel, a Ana, o José e a Maria são filhos do Bruno. Por seu turno, todos os membros recrutados directamente pelos filhos do Bruno são seus netos. O Mário é filho da Ana e neto do Bruno. E assim sucessivamente. O André, apesar de estar no downline do Bruno e de estar dois níveis abaixo na hierarquia, não partilha nenhuma “afinidade familiar” com ele, pois foi recrutado por alguém no upline. O André contribuirá para o ganho de algumas recompensas ao Bruno, mas não de todas elas.

Este tipo de terminologia é importante para identificar inequivocamente as posições relativas de cada membro, dados que irão ser utilizados nos cálculos de uma recompensa específica do Plano de Compensações da Agel – o “Bónus de correspondência equilibrado”, também conhecido por “Bónus de alavancagem” - a mais aliciante de todas e a que mais impele ao recrutamento directo de novos membros.

No próximo artigo: Preços e Valores (onde as coisas vão começar a ficar realmente interessantes).


domingo, 18 de maio de 2008

Explicação do Negócio da Agel - parte I

Nota introdutória

Foi há seis meses que pela primeira vez me aventurei a tentar explicar o funcionamento do modelo da Agel, o mecanismo de expansão da rede e o seu famoso e "fantástico" plano de compensações (com "8 possibilidades diferentes de ganhar dinheiro"). Na altura, a minha abordagem revelou-se desastrosa em todos os sentidos. Por um lado, ao não estar devidamente informado acerca das regras do negócio (muito por culpa das pessoas que me aliciaram a entrar na rede, que também pouco percebiam ainda do assunto e muitas ideias erradas me passaram, julgando trata-se da "verdade") utilizei cálculos de valores que não existiam e passei por cima de outros de fundamental importância (a explicação e utilização do(s) VC, por exemplo). Por outro lado, nunca consegui ficar esclarecido através das explicações fornecidas nos sites da companhia ou dos seus distribuidores. A informação pura e simplesmente não estava disponível, de forma suficientemente clara e perceptível, em lado algum.

Podem ler esse meu desastrado texto aqui. Não se guiem por ele, contudo. As informações que vão ler de seguida, ao longo dos próximos posts, estão bastante mais próximas da realidade, para além de muito mais completas, diversificadas e esclarecedoras. Ironicamente, depois de uma análise mais criteriosa, verifico que os números estatísticos são ainda piores do que os que inicialmente divulguei. Na Agel, sem contar com eventuais desistências e rotatividade de membros, e olhando para as coisas de uma perspectiva meramente económica, temos uma taxa de insucesso/falhanço a rondar dos 97%. Apenas 3% dos membros rede, na melhor das hipóteses, virão alguma vez a ter lucro. São números provados matemáticamente - não há como escapar deles.

Voltando à disponibilidade de informação sobre o funcionamento da rede e do negócio, seis meses volvidos e o panorama não mudou nada. Continuamos quase às escuras acerca de muitos detalhes implícitos no plano. Os textos explicativos que encontramos espalhados na Internet são meras cópias uns dos outros, e não há ninguém realmente interessado em revelar o que quer que seja de forma rigorosa. A ocultação deliberada de determinadas informações é benéfica para a Agel, uma vez que muitos membros só descobrem a verdade quando já estão dentro da rede, quando tropeçam nela, quando são pessoalmente lesados, e quando nada podem fazer para voltar atrás (resta-lhes encolher os ombros e assumir que a culpa foi deles). Creio que alguns "pequenos" pormenores, sabidos de antemão, antes da inscrição, seriam suficientes para mudar a escolha de eventuais candidatos a membro de um "sim" poucou convicto para um "não!" esclarecido.

O tão fantástico "Plano de Compensações"(o tal que foi construído a partir de uma selecão dos melhores prémios e recompensas dos quatro melhores "Planos de Compensações" utilizados na indústria do MLM nos últimos cinquenta anos), não passa de uma monumental farsa. De um logro. Quando explicado superficialmente, de forma rápida, sem espaço para pensamentos racionais, tudo parece maravilhoso; quando analisado à lupa, quando feitos os cálculos, o dito plano revela-se uma tapeçaria rica em armadilhas e omissões, uma proposta fortemente desequilibrada na distribuição de recompensas e altamente lesiva para a maior parte dos membros inscritos, para além de totalmente dependente do recrutamento de novos membros como meio de atingir o sucesso anunciado. Desde ajustes de moeda abusivos e comulativos, sempre a favor da Agel (de euros para VC (1), e de VC para euros novamente, com o câmbio do dólar a servir de casca de banana), até às exigências de compras/pagamentos por forma a receber comissões, passando por uma gritante falta de clareza quanto à abrangência da cobertura dos prémios (há uma série de recompensas que nunca estarão acessíveis à maioria dos membros), o plano de compensações é uma relíquia na arte da decepção e do chupismo.

Como em qualquer outro sistema de vendas em pirâmide que se preze, na Agel o dinheiro flui ininterruptamente das camandas de baixo para as camadas de cima.

12% do total de membros inscritos ganham 70% do total recompensas monetárias
. 38% ganham os restantes 30%. 50% não ganham absolutamente nada (a não ser, claro está, que se dediquem à venda de produtos a retalho).

E isto considerando
para os cálculos apenas as Comissões de Volume de Equipa (uma das 8 formas de recompensa) , porque se utilizarmos o "bónus de alavancagem" e mais os de "carro de luxo" e de "despesas de representação", que só estão disponíveis a uma pequena percentagem de membros, o desequilíbrio será mais acentuado ainda. Muito mais. A seu tempo divulgarei os cálculos todos.

Durante as próximas mensagens, serão revelados todos os pormenores e cálculos do modelo Agel: 1) o funcionamento da rede binária, 2) o "plano de compensações", 3) algumas cláusulas "engraçadas" que figuram no contrato, 4) todos os valores que é necessário saber (como por exemplo: quanto custam os produtos Agel na realidade, e quantas pessoas é necessário ter no donwline para se começar a ganhar dinheiro), 5) eventuais omissões e armadilhas escondidas no meio da baralhada.

Toda esta informação devia, por obrigação, ser disponibilizada pela Agel. É triste que tenha de ser uma das pessoas que mais critica a empresa a ter de fazer o trabalhinho sujo. É, ao mesmo tempo, revelador da atitude comercial da empresa. No final destas explicações, espero que não restem dúvidas a ninguém quanto à ilegalidade deste negócio. A pirâmide fica claramente delineada quando revelados os valores que a mantêm de pé.

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(1) -
VC, ou Volume Comissionável, é a medida adoptada pela Agel (e também algumas outras empresas de MLM) para uniformizar os contributos que os membros fazem através da compra de produtos, quer seja por conta da encomenda inicial, quer seja por conta de encomendas mensais posteriores, necessárias para receber os prémios enunciado no plano de compensações. A entrada de um membro na rede gera 125VC (plano Básico) ou 500VC (plano Executivo), e a compra mensal de uma caixa de pacotes de gel gera 50VC ou 65VC, conforme o produto. Os Membros da rede ganham prémios segundo os cálculos efectuados ao total de VC de outros Membros que lhes estejam abaixo. Mais clarificações sobre este assunto nas mensagens seguintes.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Curiosidades...

"Vende-se posição executiva na Agel"
no miau.pt

(click to enlarge)


(julgo que algures no contrato, este tipo de venda, quer de produtos quer de posições, está proibida...)
O caricato desta situação é que o indivíduo não está a ganhar dinheiro nenhum, mesmo com 35 "activos" por baixo de si, em virtude de uma das pernas estar completamente desfalcada... Não me espanta que queira sair.


EDIT - 06/06/2008 - Não satisfeito com o insucesso da venda da dita Posicão Executiva em terras lusas, eis que o interessado Avô passa ao ataque no e-bay.com...



A rede cresceu cinco pessoas, passou a 40, na única perna que tem volume, mas o preço sofreu uma pequena redução, talvez para incentivar a procura...

- END EDIT -


Números aleatórios, confusão generalizada

Quantos membros tem a Agel em Portugal? Quantos activos e quantas desistências? Quantos estão previstos no futuro?

O URL http://www.agel.com.pt/ dá-nos a seguinte informação:


Em contraste, a reportagem da revista Sábado, fresquinha de há uma semana, afirma que são 5.000 membros em Portugal (e não 9.000). Já vi inclusivamente mencionado num fórum brasileiro 15.000 membros inscritos em Portugal...

Em que é que ficamos, afinal, de contas?

É possível que já se tenham inscrito perto de 9.000, ou até de 15.000, cá em Portugal, e que neste momento já só sejam 5.000 activos (o resto desistiu), um número que já andava a ser anunciado há cerca de 6 meses atrás, quando ouvi falar pela primeira vez desta rede. (e se a rede triplica a cada mês, conforme o anúncio acima, neste momento a Agel teria 5.000 x 3 x 3 x 3 x 3 x 3 x 3 = 3.645.000 membros em Portugal)

E quanto aos 450.000 ou 500.000 de previsão? Onde será que foram buscar esse valor? Terá sido a algum estudo de mercado (não divulgado)? Ou terá sido retirado das minhas próprias previsões aleatórias, baseadas em nada em concreto, publicadas neste blog há muito tempo atrás (... tinha graça...)?

Numa altura em que a Herbalife tem cerca de 24.000 membros activos em Portugal e a Amway cerca de 4.000, um valor a apontar para os 450.000 é estupidamente ridículo.

"No Futuro, todos os negócios serão assim" (esperemos bem que não...)


segunda-feira, 12 de maio de 2008

O futuro deste blog

Numa altura em que me chegam informações concretas, por várias fontes diferentes não relacionadas, do abrandamento na expansão da rede Agel, e da desistência massiva de distribuidores em Portugal (será isto o princípio do fim?); e numa altura em que a minha disponibilidade efectiva em termos de tempo para dedicar a este assunto está abaixo de zero, é importante delinear aquilo que pode ser esperado deste blog nos tempos vindouros. Os assuntos que ainda tenho em "carteira", por publicar, já são poucos. Espero ter tudo concluído e publicado num espaço de dois a três meses a contar desta data.

Salvo para eventuais notícias sobre a Agel que surjam entretanto na imprensa ou noutros locais dedicados (e que continuarei a publicar no futuro), o "Esgoto do Capitalismo" aproxima-se do seu termo. Os objectivos primários estão essencialmente cumpridos (a apresentação de opiniões credíveis sobre a (i)legalidade do negócio, a denúncia tipificada de uma boa parte das falácias utilizadas pela empresa, e a explicação detalhada, suportada por argumentos verificáveis, dos conceitos em causa).

Eis o que falta:

1 - Publicação da reportagem da revista Sábado dedicada à Agel (daqui a uma semana, quando novo número surgir nas bancas). (1 artigo em perspectiva)

2 - Um olhar "panorâmico" sobre o mundo do MLM, actual e passado, com a exposição de alguns marcos importantes em termos de casos polémicos relacionados com esquemas em piramide. O caso da FTC VS Amway de 1979, e que serviu para ilibar a empresa com base num falso pressuposto, será um ponto de partida (ou eventualmente o da Koskot Interplanetary, Inc.) . (1 artigo em perspectiva)

3 - Explicação detalhada sobre o modo de funcionamento da rede Agel, com destaque para a análise simplificada do plano de compensações (que será aqui explanado como em nenhum outro local, nem mesmo em sites de membros/distribuidores), e para a tradução de alguns trechos importantes presentes no contrato. (3 artigos em perspectiva)

4 - Resumo, por tópicos e ordem de importância, das situações mais comprometedoras / enganosas na rede Agel, e que é uma velha promessa e uma boa maneira de fechar o pano. (1 artigo em perspectiva)

5 - Índice temático do Blog - com links directos para os artigos mais importantes.(1 artigo em perspectiva)

sexta-feira, 9 de maio de 2008

A Agel na revista Sábado

A revista Sábado (http://www.sabado.xl.pt/) desta semana, 09/05/2008, publicou uma reportagem sobre a Agel, e sobre o evento de abertura da empresa em Portugal, realizado no Campo Pequeno nos dias 2 e 3 de Maio passados.

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Quanto ao conteúdo, considero-o de certa forma algo gozão, isento de radicalismos, pouco aprofundado na pesquisa feita acerca da lei, e algo parcial na cobertura de opiniões que faz. Difunde alguns casos de sucesso e de optimismo e não fala da "outra parte". dos que fracassaram ou desistiram. Em contrapartida, o cepticismo do próprio repórter contra balanceia estas opiniões.

É mencionado um representante da PJ (incógnito), que diz que "a Agel não está sob suspeita", mas de qualquer forma que é necessária uma certa cautela com estas redes de MLM e com os eventuais esquemas em Pirâmide, onde 99% dos inscritos perdem dinheiro.

A ASAE e a DECO não aparecem mencionadas no artigo.

Uma última nota. Acerca dos popós oferecidos no evento: um Mercedes e um Volvo????? (carros que se vêem aos milhares por aí nas estradas). No patamar de rendimentos em que os agraciados estão, e depois de tudo aquilo que já fizeram em Portugal pela Agel, a empresa tinha obrigação de lhes entregar de Porsche para cima... nem nas demonstrações (públicas) de apreço a Agel faz as coisas como deve ser.