Como toda uma rede de pessoas ignorante repetem convictamente palavras que não compreendem
"Acredita em mim," diz o recrutador, "esses tipos que dizem mal da Agel nem sequer sabem de que é que estão a falar." "Sim, Mestre!"
1 - Creio que já toda a gente leu algo, ou faz uma certa ideia, acerca do argumento (errado) de que uma Pirâmide não movimenta produtos. Em bastantes sites de "distribuidores" Agel podemos encontrar informações que afirmam que assim é. O texto que cito de seguida pode ser consultado, palavra por palavra, em vários sites que promovem o negócio, geralmente numa página de resposta a "Perguntas Frequentes":
"Este é um daqueles esquemas vulgarmente chamados de "pirâmide"?"
Não. Esses sistemas de "pirâmide" são ilegais, e baseiam-se exclusivamente numa distribuição monetária entre uma determinada hierarquia de pessoas.
A AGEL™ é uma marca de produtos no âmbito da saúde e bem-estar. O seu processo de distríbuição de comissões e bónus tem como base o consumo ou comércio dos seus produtos e é plenamente reconhecida oficialmente em todos os países onde opera. É um negócio 100% legítimo e legal.
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Outra ideia interessante no parágrafo é a expressão "comércio dos seus produtos", algo que remete logo o leitor para "trocas comerciais para fora da rede", também conhecidas por "vendas a retalho" ou "Vendas Directas", uma situação prevista, de resto, no Plano de Compensações Agel. A manipulação é subtil, mas funciona. Pena é mesmo o facto de não haver vendas a retalho para fora da rede na Agel (o recrutamento de pessoas é infinitamente mais aliciante e compensador).
A última ideia que quero realçar, antes de passarmos ao que realmente interessa, é o posicionamento descarado da Trade-Mark AGEL: "é uma marca de produtos no âmbito da saúde e bem-estar". Embora na prática esta afirmação seja 100% verdadeira, a sua inclusão num texto referente à problemática do conceito de "pirâmide" é uma tentativa subtil de mascarar a arquitectura do negócio. "Vejam, caros senhores, nós vendemos saúde e bem-estar. Como podemos ser uma pirâmide? Que ideia absurda é essa? Isso é coisa de marialvas e pilantras, não de gente séria e honesta como nós, indivíduos de gravata e colarinho engomado, que nos interessamos, antes de tudo mais, pela sua condição física."
Quanto à movimentação de produtos numa pirâmide (e não só), leiam por favor o seguinte parágrafo, retirado do estudo que a Comissão Europeia realizou em 1999 sobre as Vendas Directas, Marketing Multinível e Esquemas em Pirâmide ( fonte , trecho retirado das págs 123-124, gráfico na pág. 260):
Modern Pyramid Systems have been planned in order to evade the application of anti-pyramid statutes. The structure reminds of a Multi Level Marketing system. (...) They sell products to final consumers, which are usually of a good quality. (...)
In such a Pyramid Scheme sales into the system play a key role. They are promoted by the company through granting financial advantages for sales to participants of the network. In practice there are two possibilities: (...) (2) The recruit buys the products of the company. The sponsor obtains a commission on the purchase volume of his downline. The participants can either buy the products for his own consumption or for retail. There is no effective control whether the goods purchased are resold to final consumers or not.
trad:
Sistemas de Pirâmide modernos são planeados de forma a escaparem à aplicação de estatutos anti-piramidais. A sua estrutura assemelha-se à de um Sistema de Marketing Multinível. (...) Tais sistemas (piramidais) vendem produtos ao consumidor final que são geralmente de boa qualidade. (...)
Em tais Sistemas de Pirâmide as vendas para dentro do sistema desempenham um papel importante. São promovidas pela companhia através da oferta de vantagens financeiras para os participantes na rede. Na prática há duas possibilidades: (...) (2) O recruta compra os produtos à companhia. O recrutador/sponsor obtem comissões no volume de compras do seu downline. Os participantes podem comprar os produtos para o seu próprio consumo ou para venderem a retalho. Não há controlo há efectivo acerca da venda de tais produtos a um consumidor final.
Parece-me que acabei de ler aqui a descrição exacta do negócio da Agel, com ou sem plano binário há mistura (e o gráfico também é bastante fiél ao modelo Agel). Não quero parecer precipitado nem nada, mas creio que a Comissão Europeia, bem como os especialistas reunidos em torno desta matéria (ver páginas finais do documento), são vozes de peso a considerar. Já não é o Pedro Menard que está a falar (sim, esse tipo que se quer fazer passar por Deus e acha que é mais esperto do que os outros). Não. São especialistas. Todo um grupo deles.
O argumento de que uma pirâmide não movimenta produtos fica pulverizado só com esta explicação. (e nem sequer tive de mencionar a lei portuguesa).
DE RESTO, GOSTARIA DE APRESENTAR UMA MUITO SIMPLES QUESTÃO: ONDE É QUE ESTÁ ESCRITO/DEFINIDO QUE UMA PIRÂMIDE NÃO MOVIMENTA PRODUTOS? Onde se basearam para proferir esta afirmação?????
(lá porque as pirâmides mais "famosas" e divulgadas assentam apenas no recrutamento em troca de dinheiro, não significa que seja essa a regra geral. Antes pelo contrário, a tendência, neste momento, é fugir a esse modelo, uma vez que não há qualquer hipótese de provar a sua legitimidade)
As pirâmides com produtos e serviços são bem reais. Perguntem a vós próprios como funciona um sistema desses...
Menard Um, Agel Zero.
2 - "A Agel não é uma pirâmide porque qualquer pessoa pode ganhar mais do que a que lhe está acima."
Para refutar este argumento, basta-nos a simplicidade do senso comum.
Imaginemos o exemplo fictício de um "Esquema em Pirâmide" sem artigos envolvidos, apenas baseado no recrutamento de pessoas e no pagamento de uma taxa única de inscrição (sem mensalidades à mistura, portanto) - exemplo que creio ser reconhecido unanimente como ilícito:
A clube "Ká-te-Kero" propõe-se a pagar a todos os membros uma comissão de 100€ por cada novo aderente que trouxerem para a rede (os "filhos", segundo a terminologia da empresa), e 50€ por cada membro recrutado por membros directamente patrocinados (os "netos"). A inscrição inicial é de 500€.
Num dos panfletos promocionais da empresa pode ler-se: "Patrocine 5 membros e recupere de imediato o seu investimento." Noutro panfleto promocional pode ler-se: "Este não é um esquema daqueles para ficar rico da noite para o dia. Envolve trabalho e dedicação".
A Ana entrou na rede há três semanas e já recrutou três pessoas. O Jaime foi uma das pessoas que a Ana recrutou. O Jaime conseguiu, por sua vez, trazer 14 pessoas para a rede. O seu sucesso foi tanto que foi chamado ao palco no encontro do último fim-de-semana da empresa, para falar da sua experiência pessoal. Algumas pessoas da assistência vieram ter com ele no final da sessão para pedir esclarecimentos. Algumas delas, e de acordo com o que o Jaime diz, "estão no papo".
Ana investiu 500€ e em apenas três semanas recebeu 1.200€ (300€ pelos "filhos" e 900€ pelos "netos", 700€ dos quais graças ao Jaime). Vai com um saldo positivo de 700€. O Jaime, que entrou por baixo da Ana, investiu os mesmos 500€ e recebeu 2.500€ (1.400€ pelos "filhos" e 1.100€ pelos "netos"). 2.000€ limpos, antes de imposto, é a quantia que o Jaime vai levar para casa ao final do mês. Com este dinheiro o Jaime pensa em ir passar um fim-de-semana a Paris com a mulher, para comemorar dois anos de casado.
Só à conta da Ana e do Jaime, a empresa que promove o Ká-te-Kero embolsou cerca de 24.000€, tendo pago cerca de 7.000€ de volta em comissões.
Tanto a Ana como o Jaime olham para o negócio como uma dádiva dos céus. Em cerca de um mês ganharam uma batelada de dinheiro. As perspectivas futuras são óptimas - falam com entusiasmo da "Ká-te-Kero" a toda a gente que conhecem. Dizem que o investimento é muito pequeno, que os resultados estão à vista e que não há negócio igual em lado nenhum. Quando questionados sobre eventual ilegalidade do esquema, a Ana e o Jaime fazem questão de salientar que "se fosse não fosse legal já teria sido fechado pelas autoridades - para além disso a rede, que existe há dez meses, já expandiu para Espanha, onde regista um crescimento igualmente explosivo."
A Ana e o Jaime, quando chegam a casa do trabalho (fora do "Ká-te-Kero"), passam uma parte do tempo a elaborarem uma extensa lista de contactos e a falarem com algumas dessas pessoas por telefone.
E quando a rede acabar? Quando saturar o mercado? Tal como a empresa lhes ensinou, a Ana e o Jaime dizem que, há semelhança do que aconteceu com outras empresa a operarem no "ramo", ainda vai faltar muito até esse momento chegar, e quando chegar, a "Ká-te-Kero", empresa de honestidade inquestionável, já terá pensado numa alternativa viável para não deixar ninguém de mãos a abanar. Uma linha de produtos de beleza está a ser equacionada, segundo "responsáveis da empresa".
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Da próxima vez que entenderem por bem utilizar este argumento (que, a propóstito, é utilizado no Marketing Multinível Legítimo para enfatizar que os distribuidores de baixo, à conta da venda de produtos, têm hipóteses reais de ganharem mais dinheiro do que quem os recrutou), façam antes um bom uso da caixa cerebral - é que de nada serve o mesmo para a problemática das "Pirâmides".
A ideia de que "os ganhos são proporcionais à produtividade” é comum ao tanto ao MLM legítimo - aos sitemas de Vendas Directas - como aos Esquemas em Pirâmide.
Por outro lado, em qualquer pirâmide, apesar de os que estão por baixo poderem efectivamente ganhar mais do que os de cima, para se poder ganhar dinheiro é necessário desenvolver o downline. É apenas com base nesta premissa que uma pirâmide dá dinheiro a ganhar. Não há qualquer preocupação (e hipótese) em fazer dinheiro com a venda de produtos. Quem não conseguir fazer crescer o downline fica a arder com o dinheiro investido, esteja ou não o mercado global saturado (a ideia de "saturação de mercado" pode ser particularizada a casos concretos, como também é de senso comum).
Menard Dois, Agel Zero.
3 - A Agel é uma "Rede de Consumo Interno", não é um Esquema em Pirâmide ou uma Empresa de Vendas porta-a-porta.
Ecos/repetições deste raciocínio:
"No dia em que entenderem que a Agel não é um esquema de pirâmide nem um negocio de vendas e sim uma rede de Consumo entendem que só interessa pessoas como eu, que consomem os produtos mensalmente… tudo o resto é pura perda de tempo."
Colocado por Mico - membro da AGEL - num comentário no "Indústria da Decepção?"
( fonte )
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"Inves de ser uma rede baseada em vendas (como você descreve) esta (AGEL) é uma rede virada para o consumo."
Colocado por Paulo Aboim Pinto - membro da AGEL - num comentário no "Indústria da Decepção?"
( fonte )
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"E para esclarecer, mudei para a agel , justamente pois nao precisa-se vender, na HBL tem que vender muito e recrutar muito, se é para recrutar muito entao , que seja sem vender, é mais fácil mais lucrativo."
"Bom, na Agel queridos, não é preciso vender 10.000,00 de produtos para vc ganhar os ROYALTIES, que na herbalife se vc tem equipe abaixo tem que pontuar os tais 2.500 pra ganhar os royalties da equipe que produz / vendas abaixo de vc, capite ?
Sim, na Agel é preciso vc consumir somente 200 dólares ao mês que são 2 cx.de produtos pequenas, para ganhar os royalties das pessoas que vc convida abaixo, convida, vende a idéia, que todo mundo quer ganhar um dinheiro se não tiver que ter estoque, fazer muitas vendas..
(...)
Eu nao te entrego produto, não sou vendedora… de produtos, esta é a diferença da Herbalife e Agel….a pontuação, e a forma de entrega de produtos, e seu MKT que é mais atrativo, eu nao pulo de galho em galho meus caros, eu só analiso que é prefirível e mais fácil para mim e todos, uma empresa nova, do que uma que está saturada, as pessoas falam muito mal da HBL eu gosto pra caramba dos produtos , mas é queimada a empresa, pois já tem 30 anos, e muita gente fez errado, querendo iludir as pessoas etc, quanto ao MKT."
Colocado por Aline Gaspari - membro da AGEL - em vários comentários no "Indústria da Decepção?"
( fonte )
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E não resisto a colocar aqui mais uma "questão frequentemente perguntada" aos distribuidores Agel (publicada em vários sites de "distribuidores"):
"Tenho que vender produtos?"
Não precisa de vender produtos para ter um negócio lucrativo com a AGEL™.
A venda dos produtos AGEL™ é absolutamente facultativa.
Obviamente que o seu negócio será potencialmente mais rentável se optar por vender os produtos, mas a opção é sua. Poderá consumir os produtos, oferecer a familiares e amigos, ou apenas usá-los para promover o seu negócio.
Para responder a citações, coloco, também eu, citações:
1. - Trecho de um documento sobre "Vendas em Pirâmide", escrito por Debra A. Valentine, da Federal Trade Comission, 1998.
( fonte )
"What is a Pyramid Scheme and What is Legitimate Marketing?
Pyramid schemes now come in so many forms that they may be difficult to recognize immediately. However, they all share one overriding characteristic. They promise consumers or investors large profits based primarily on recruiting others to join their program, not based on profits from any real investment or real sale of goods to the public. Some schemes may purport to sell a product, but they often simply use the product to hide their pyramid structure. There are two tell-tale signs that a product is simply being used to disguise a pyramid scheme: inventory loading and a lack of retail sales. Inventory loading occurs when a company's incentive program forces recruits to buy more products than they could ever sell, often at inflated prices. If this occurs throughout the company's distribution system, the people at the top of the pyramid reap substantial profits, even though little or no product moves to market. The people at the bottom make excessive payments for inventory that simply accumulates in their basements. A lack of retail sales is also a red flag that a pyramid exists. Many pyramid schemes will claim that their product is selling like hot cakes. However, on closer examination, the sales occur only between people inside the pyramid structure or to new recruits joining the structure, not to consumers out in the general public."
trad:"O que é um Esquema em Pirâmide e o que é Marketing Legítimo.
Os Esquemas em Pirâmide chegam-nos hoje de tantas maneiras diferentes que é difícil distinguí-los de imediato. Contudo, todos estes esquemas partilham de uma mesma característica agregadora. Prometem aos consumidores ou investidores lucros elevados derivados primariamente do recrutamento de outros que adiram ao programa, e não baseados em retorno de investimentos concretos ou vendas reais de produtos ao público. Alguns esquemas podem sugerir a venda de produtos, mas frequentemente utilizam esses produtos para esconderem a sua estrutura piramidal. Há dois indicadores significativos que revelam quando os produtos estão a ser utilizados para esconder uma pirâmide: excesso de stock e a ausência de vendas a retalho. Uma situação de excesso de stock ocorre quando o programa de incentivos de uma companhia obriga os recrutas a comprar em quantidades que nunca conseguirão posteriormente vender, muitas vezes a preços elevados. Se esta prática ocorrer ao longo de toda a cadeia de distribuição da rede, as pessoas no topo da pirâmide sacam lucros astronómicos, mesmo que poucos ou nenhuns produtos cheguem de facto ao mercado. As pessoas no fundo da pirâmide fazem pagamentos excessivos por produtos que simplesmente se acumulam nas suas caves. A falta de vendas a retalho é outro indicador conclusivo de que uma pirâmide existe. Muitos Esquemas em Pirâmide afirmam que os seus produtos vendem como pipocas. Contudo, após melhor observação, as vendas ocorrem apenas entre pessoas dentro da rede ou a novos recrutas que entram na estrutura, não a consumidores finais, ao público em geral."
2. - Um trecho de um texto que pode ser encontrado no site da D.S.A. (a Associação de Vendas Directas americana, de que a própria Agel faz incrivelmente parte, para além de gostar de evidenciar esse facto).
Will the company buy back unsold inventory?
IF YOU COULD BE STUCK WITH UNSOLD INVENTORY, BEWARE! Legitimate companies which require inventory purchases will usually "buy back" unsold products if you decide to quit the business. Some state laws and the DSA Code of Ethics require buy-backs for at least 90% of your original cost.
trad:
A companhia comprará de volta o excesso de stock que não foi vendido?
SE OCORRER A SITUAÇÃO DE FICAR ENTALADO COM EXCESSO DE STOCK, CUIDADO! Companhias lícitas que lhe requiram compras de bens para formar stock geralmente disponibilizam-se para os receber de volta, em caso de querer desistir do negócio. Algumas leis estatais, bem como o Código de Ética da DSA, obrigam a um política de retorno de produtos em que pelo menos 90% do valor original é devolvido ao desistente.
Are the company's products sold to consumers?
IF THE ANSWER IS NO (OR NOT MANY), STAY AWAY! This is a key element. Multilevel marketing (like other methods of retailing) depends on selling to consumers and establishing a market. This requires quality products, competitively priced. Pyramid schemes, on the other hand, are not concerned with sales to end users of the product. Profits are made on volume sales to new recruits, who buy the products, not because they are useful or attractively priced, but because they must buy them to participate. Inventory purchases should never be more than you can realistically expect to sell or use yourself.
trad:
Os produtos da companhia são vendidos aos consumidores?
SE A RESPOSTA FOR "NÃO" (OU "NÃO MUITOS"), AFASTE-SE! Este é um elemento chave. O Marketing Multinível (como outros métodos de venda a retalho), depende da venda a consumidores e no estabelecimento de um mercado. Isto requer produtos de qualidade vendidos a um preço competitivo. Esquemas em Pirâmide, por outro lado, não estão preocupados com as vendas aos consumidores finais de produtos. Os lucros são obtidos das vendas de produtos a novos recrutas, que os compram não porque são úteis ou atractios, mas porque têm de os comprar para participar no esquema. A compra para stock nunca deverá ser em quantidades superiores àquilo que espera vir conseguir a vender ou a consumir.
Na sequência deste textos da DSA, fica aqui o parágrafo que explica o que é que é considerado um período razoável para a devolução de produtos do membro da rede para a empresa de Vendas Directas. Foi retirado da página do "Código de Ética" da associação em questão :
( fonte )
"7. Inventory Purchases
a. Any member company with a marketing plan that involves selling products directly or indirectly to independent salespeople shall clearly state, in its recruiting literature, sales manual, or contract with the independent salespeople, that the company will repurchase on reasonable commercial terms currently marketable inventory, in the possession of that salesperson and purchased by that salesperson for resale prior to the date of termination of the salesperson's business relationship with the company or its independent salespeople. For purposes of this Code, "reasonable commercial terms" shall include the repurchase of marketable inventory within twelve (12) months from the salesperson's date of purchase at not less than 90 percent of the salesperson's original net cost less appropriate set offs and legal claims, if any. For purposes of this Code, products shall not be considered "currently marketable" if returned for repurchase after the products' commercially reasonable usable or shelf life period has passed; nor shall products be considered "currently marketable" if the company clearly discloses to salespeople prior to purchase that the products are seasonal, discontinued, or special promotion products and are not subject to the repurchase obligation."
trad:
7. Compras de Stock
a. Qualquer companhia membro com um plano de marketing que envolva a venda de produtos directa ou indirectamente para um distribuidor independente deve afirmar de forma clara, na literatura de "recrutamento", manual de vendas, ou no contrato com esse distribuidor independente, que comprará de volta, através de condições comerciais razoáveis, o stock existente de produtos em sua posse que tenha sido adquirido para revenda em data prévia ao cancelamento de contrato com a companhia. Para efeitos deste código, "condições comerciais razoáveis" incluirão a compra de stock "vendível" dentro de um prazo de 12 meses desde a data de compra pelo distribuidor/vendedor a não menos de 90% do preço inicialmente pago, menos eventuais depesas a considerar, incluindo legais, se existirem. Para efeitos deste código, os produtos não constituirão "stock vendível" se devolvidos após o término da sua data de comercialização ou validade; também não constituirão "stock vendível" produtos que tenham sido claramente indicados pela companhia como de sasonalidade variável, descontinuados, ou que façam parte de vendas promocionais não abrangidas pela obrigatoriedade de aceitação de devolução.
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Para quem não sabe, a Agel tem um prazo limite para devolução de mercadoria de 1 mês a contar da data em que o material é expedido do armazém da empresa ( o que significa, em todo o caso, que se demorar duas semanas a chegar até ao "distribuidor", o prazo de devolução fica encurtado para duas semanas...). Para quem quiser devolver a encomenda inicial, essa devolução implica automaticamente a exclusão da rede. Para quem quiser devolver uma encomenda mensal, apenas 80% do custo da mesma será devolvido.
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Serei só eu que noto aqui uma "pequena disfunção na matriz" (pequena a ponto de substituir 1 ano por 1 mês)? Onde está a ética profissional da Agel quanto a devoluções de produtos, conforme sugere a associação de Vendas Directas a que pertence?
Em que ponto ficam as pessoas que querem desistir da rede e já passaram quatro meses desde que entraram? O que podem essas pessoas fazer com as 10 embalagens de gel que estão a sobrar e que não conseguem despachar (e que valem cerca de 600€)?
Onde estão as VENDAS PARA FORA DA REDE que permitem legitimar o negócio como uma "não pirâmide", também em conformidade com o que a dita associação sugere?
Onde está o controlo efectivo que a Agel faz no terrno, ao seu próprio contrato, visando certificar que há vendas a retalho???
Se a Agel pedisse as quatro facturas referentes a vendas a retalho a cada uma das pessoas inscritas na rede cá em Portugal (conforme consta no contrato), quantas pessoas é que efectivamente estariam em condições de as apresentar?
Menard Três, Agel Zero. Hat-trick!
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2 comentários:
olá.
pra colaborar com esse artigo eu separei o link dos comentários que vc citou. O wp infelizmente não disponibiliza o link dos comentários, eu tive que ver o código deles.
segue os links
do mico
http://industriadadecepcao.wordpress.com/2007/10/20/agel-e-ageloides/#comment-1362
do paulo aboim
http://industriadadecepcao.wordpress.com/2007/10/08/agel-outra-nova-herbalife-no-mercado-brasileiro/#comment-27
da aline gaspari
http://industriadadecepcao.wordpress.com/2007/10/08/agel-outra-nova-herbalife-no-mercado-brasileiro/#comment-568
eu vi no teu blog que mais algumas pessoas que não concordam com o esquema da agel começaram a opinar tb... isso é ótimo...
não precisa publicar esse comentário, eu queria mesmo te passar os links, porque tem uns chatos ai que não acreditam em nada, e podem falar que vc inventou esses trechos todos.
abraço
Gap,
Muito obrigado pela tua ajuda e trabalho.
Já actualizei os links na mensagem.
Cumprimentos,
Pedro
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