Atraídas pela promessa de lucros fáceis, alcançáveis em pouco tempo e através de pouco trabalho, milhares de pessoas em Portugal foram, estão, e virão a ser convencidas a ingressar numa rede de contornos piramidais, escudada pelos conceitos de "Vendas Directas" e de "Marketing Multinível", e apresentada como um projecto na área da saúde e do desenvolvimento pessoal.
Há pessoas na rede que estão a ganhar dinheiro. Muito dinheiro, até. É inegável. Mas por cada pessoa que está a ter lucro, há pelo menos trinta ou quarenta que estão a ter prejuízo. Isto também é inegável. Em futuras mensagens, explicarei os fundamentos deste cálculo.
Durante os próximos tempos, tenho por objectivo explicitar e pôr a descoberto tudo aquilo que à primeira vista não é apreensível no modelo da Agel.
É minha convicção de que muita gente está inscrita como membro e não sabe minimamente o que se está a passar, que sinta motivado e feliz e empolgado, e contudo não esteja a ver a imagem maior - que conceitos estão em causa e que consequências terão a aplicabilidade desses mesmos conceitos. Receio que, mesmo percebendo os mecanismo de engrenagem da empresa, muita gente, mesmo assim, continue de olhos postos apenas nos cifrões. É meio mundo a enganar o outro meio. Literalmente. Vivemos numa sociedade que, impelida pelo consumismo, cada vez mais vai tendendo para o descrédito e para a decadência. Ao apelar aos instintos mais obsessivos e primários pelo dinheiro no ser humano, e camuflando-o com uma apurada maquilhagem de boas intenções, Agel é o reflexo exacto dessa sociedade. O capitalismo brutal e desdenhoso tem um novo campeão. Ainda não ouviu falar da Agel? Não se preocupe. É uma questão de tempo... e de dinheiro!
A ideia é relativamente simples de explicar: somos convidados a entrar numa rede de consumo, pagando para isso um pequeno investimento em produtos de bem-estar (multivitamínicos, anti-oxidantes naturais, produtos para regular a perda de peso, entre outros). Este investimento pode ser recuperado com o recrutamento que fazemos de futuros membros, ao ganharmos uma comissão directa pela entrada dessas pessoas, e pelas consequentes compras que estas fazem no acto de inscrição. Uma vez dentro da rede, somos incentivados a comprar todos os meses uma quantidade x de produtos, e ganharemos comissões com base nas compras que as pessoas que colocamos na rede, por baixo de nós, fazem também mensalmente. Escusado será dizer que para subirmos acima da linha de água, precisamos de ter uma volumosa "equipa" de consumidores inscritos na rede, abaixo de nós. Escusado será também dizer que uma pequena minoria de pessoas estão ter lucros milionários, à conta das compras efectuadas por todos os outros membros, e que uma grande maioria de inscritos (aprox. 90% do total) anda a perder dinheiro, enquanto tenta a todo o custo angariar gente para pode sair da zona negativa.
A Agel chama a isto "Marketing Multinível" e "Vendas Directas". Eu chamo a isto Esquema de Vendas em Pirâmide disfarçado de negócio legítimo.
A expansão da rede Agel é feita, a meu ver, com base em três variáveis concretas: 1 - a ignorância do consumidor face ao conceitos em causa e face à lei, 2 - a perspectiva de lucro fácil, alcançável em pouco tempo, e com relativamente pouco investimento e trabalho, 3 - o factor "família e amigos" - em quase todas a situações, são pessoas da nossa esfera de confiança pessoal que nos apresentam esta "fantástica oportunidade de negócio".
O site da empresa está aqui: http://www.agel.com
Em adição ao institucional, existem em Portugal mais de uma centena de sites de "distribuidores" (é assim que eles se apelidam) Agel a difundirem o negócio.
Se pretender saltar já para a parte referente à ilegalidade do negócio, segundo o disposto na lei portuguesa, consulte os links:
1 - perguntas
2 - respostas DECO
3 - respostas ASAE
4 - os meus comentários
Sugiro, mesmo assim, que leia este blog na sua totalidade. Cronologicamente - da mensagem mais antiga até à mais recente. Considero mais importante que se informe devidamente sobre os conceitos em causa (e sobre a abordagem que a Agel faz aos mesmos) do que propriamente sobre os mecanismo que prendem à Agel à ilegalidade. Se não acreditar nas minhas palavras, faça a sua própias pesquisa. Não quero convencer ninguém de que tenho razão. Quero antes que investigue por sua conta.
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Este blog não pertence a nenhuma empresa ou pessoa colectiva, a nenhum partido político, a nenhuma instituição religiosa, e não recebe nem aceita financiamentos ou publicidade de terceiros. Não está, portanto, sujeito a pressões de qualquer tipo.
Este blog, ao abrigo da liberdade de expressão, oferece uma opinião fundamentada sobre o modo de actividade de uma empresa.
Ao contrário de muitos blogs e sites que publicitam e promovem o negócio da Agel cá em Portugal, este blog aceita comentários dos leitores. Há regras, contudo. Serão apagados comentários que contenham insultos, ameaças, ataques pessoais, e todos os que de uma forma ou de outra não contribuam para uma discussão saudável e construtiva.
Há pessoas na rede que estão a ganhar dinheiro. Muito dinheiro, até. É inegável. Mas por cada pessoa que está a ter lucro, há pelo menos trinta ou quarenta que estão a ter prejuízo. Isto também é inegável. Em futuras mensagens, explicarei os fundamentos deste cálculo.
Durante os próximos tempos, tenho por objectivo explicitar e pôr a descoberto tudo aquilo que à primeira vista não é apreensível no modelo da Agel.
É minha convicção de que muita gente está inscrita como membro e não sabe minimamente o que se está a passar, que sinta motivado e feliz e empolgado, e contudo não esteja a ver a imagem maior - que conceitos estão em causa e que consequências terão a aplicabilidade desses mesmos conceitos. Receio que, mesmo percebendo os mecanismo de engrenagem da empresa, muita gente, mesmo assim, continue de olhos postos apenas nos cifrões. É meio mundo a enganar o outro meio. Literalmente. Vivemos numa sociedade que, impelida pelo consumismo, cada vez mais vai tendendo para o descrédito e para a decadência. Ao apelar aos instintos mais obsessivos e primários pelo dinheiro no ser humano, e camuflando-o com uma apurada maquilhagem de boas intenções, Agel é o reflexo exacto dessa sociedade. O capitalismo brutal e desdenhoso tem um novo campeão. Ainda não ouviu falar da Agel? Não se preocupe. É uma questão de tempo... e de dinheiro!
A ideia é relativamente simples de explicar: somos convidados a entrar numa rede de consumo, pagando para isso um pequeno investimento em produtos de bem-estar (multivitamínicos, anti-oxidantes naturais, produtos para regular a perda de peso, entre outros). Este investimento pode ser recuperado com o recrutamento que fazemos de futuros membros, ao ganharmos uma comissão directa pela entrada dessas pessoas, e pelas consequentes compras que estas fazem no acto de inscrição. Uma vez dentro da rede, somos incentivados a comprar todos os meses uma quantidade x de produtos, e ganharemos comissões com base nas compras que as pessoas que colocamos na rede, por baixo de nós, fazem também mensalmente. Escusado será dizer que para subirmos acima da linha de água, precisamos de ter uma volumosa "equipa" de consumidores inscritos na rede, abaixo de nós. Escusado será também dizer que uma pequena minoria de pessoas estão ter lucros milionários, à conta das compras efectuadas por todos os outros membros, e que uma grande maioria de inscritos (aprox. 90% do total) anda a perder dinheiro, enquanto tenta a todo o custo angariar gente para pode sair da zona negativa.
A Agel chama a isto "Marketing Multinível" e "Vendas Directas". Eu chamo a isto Esquema de Vendas em Pirâmide disfarçado de negócio legítimo.
A expansão da rede Agel é feita, a meu ver, com base em três variáveis concretas: 1 - a ignorância do consumidor face ao conceitos em causa e face à lei, 2 - a perspectiva de lucro fácil, alcançável em pouco tempo, e com relativamente pouco investimento e trabalho, 3 - o factor "família e amigos" - em quase todas a situações, são pessoas da nossa esfera de confiança pessoal que nos apresentam esta "fantástica oportunidade de negócio".
O site da empresa está aqui: http://www.agel.com
Em adição ao institucional, existem em Portugal mais de uma centena de sites de "distribuidores" (é assim que eles se apelidam) Agel a difundirem o negócio.
Se pretender saltar já para a parte referente à ilegalidade do negócio, segundo o disposto na lei portuguesa, consulte os links:
1 - perguntas
2 - respostas DECO
3 - respostas ASAE
4 - os meus comentários
Sugiro, mesmo assim, que leia este blog na sua totalidade. Cronologicamente - da mensagem mais antiga até à mais recente. Considero mais importante que se informe devidamente sobre os conceitos em causa (e sobre a abordagem que a Agel faz aos mesmos) do que propriamente sobre os mecanismo que prendem à Agel à ilegalidade. Se não acreditar nas minhas palavras, faça a sua própias pesquisa. Não quero convencer ninguém de que tenho razão. Quero antes que investigue por sua conta.
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Este blog não pertence a nenhuma empresa ou pessoa colectiva, a nenhum partido político, a nenhuma instituição religiosa, e não recebe nem aceita financiamentos ou publicidade de terceiros. Não está, portanto, sujeito a pressões de qualquer tipo.
Este blog, ao abrigo da liberdade de expressão, oferece uma opinião fundamentada sobre o modo de actividade de uma empresa.
Ao contrário de muitos blogs e sites que publicitam e promovem o negócio da Agel cá em Portugal, este blog aceita comentários dos leitores. Há regras, contudo. Serão apagados comentários que contenham insultos, ameaças, ataques pessoais, e todos os que de uma forma ou de outra não contribuam para uma discussão saudável e construtiva.
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