quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Descubra as Diferenças

CASE STUDY - teorias muito semelhantes à realidade

1) A Empresa Ixostar

A empresa Ixostar desenvolveu um conjunto de produtos energéticos exclusivo para desportistas e pessoas de elevada mobilidade, sujeitas a uma actividade física intensa. Para conseguir ganhar quota de mercado aos concorrentes, a Ixostar decidiu apostar na qualidade intrínseca do produto, e contratou uma equipa de médicos, cientistas especializados em saúde e atletas de alta competição para desenvolver uma gama de qualidade inabalável. Gastou milhões de euros para o fazer, mas optou pelo caminho certo, optou pela solidez de uma garantia real. De igual forma, a Ixostar, antes de lançar o produto no mercado, gastou mais uns milhões de euros e realizou inúmeros testes comprovativos da eficácia dos seus produtos junto de laboratórios autónomos - laboratórios esses que os testaram num universo totalmente diferente do da casa mãe.
Quando o produto saiu no mercado, nos braços de uma publicidade discreta mas eficiente, conseguiu conquistar rapidamente um lugar de destaque entre os concorrentes. Ao longo dos anos, a empresa tem crescido em torno desses produtos, consciente de que estão sujeitos a uma e só uma autoridade máxima: a do cliente. O cliente, de facto, pode optar por outras marcas, como por exemplo: a GatoradeX e a AXel, empresas que comercializam produtos supostamente semelhantes aos da Ixostar.
Apesar da óptima qualidade dos produtos, nada garante à Ixostar que a preferência dos consumidores não possa mudar de uma altura para outra. Não há vendas garantidas no mundo dos negócios, e a cada dia que passa a Ixostar esforça-se mais por agradar. Não esquece, em momento algum, a ética e a honestidade concorrencial.

2) A Empresa AXel

A empresa AXel, presente no mercado há pouquíssimo tempo, tem por administradores geniais pensadores. A empresa AXel, à semelhança da empresa Ixostar, desenvolveu uma gama de produtos destinados a pessoas de intensa actividade física. Mas, ao contrário da empresa Ixostar, a empresa AXel decidiu apostar tudo no sistema de vendas para garantir quota de mercado. Não foi tão cuidadosa no desenvolvimento do produto, ou se foi ninguém o sabe, mas disfarçou bem essa fraqueza com um sistema de marketing engenhoso: criou uma espécie de patente trademarkizada chamada gelxeuticals, e lançou-a como a palavra de facto no mundo da tecnologia para a saúde. Mais, escusou-se a gastar dinheiro nos circuitos tradicionais, quer de vendas quer de publicidade, e lançou uma rede de Marketing Relacional Multinível para onde consegue escoar a totalidade da sua produção. Através da oferta de rendimentos num sistema de compensações de alto coturno a alguns membros dessa rede, a AXel garante, ao abrigo de qualquer concorrência, uma quota de mercado elevada. E garante ainda muito mais que isso: garante quota de mercado dentro de um segmento de consumidores que à partida não comprariam o produto. Chama-se a isto Marketing Transcendente (expressão inventada agora mesmo por mim). Também se chama a isto: acenar com uns cifrões.

Para a Ixostar, a Axel é uma concorrente, embora não lhe tenha ainda roubado muitos clientes. Uma parte das vendas que antigamente fazia, deixou de fazer. Alguns clientes mudaram para a Axel. Não porque acreditem que o produto seja melhor, quando muito vale a mesma coisa, mas porque sempre podem ganhar uns trocos com a mudança. Muitos mais clientes optarão por essa mudança num futuro próximo. Porventura uma boa parte dos atletas amadores que consome regularmente os produto da Ixostar.

Para a Axel, a Ixostar não é uma uma concorrente. O mercado para onde vende os seus produtos é a) fechado, b) garantido todos os meses, c) de expansão explosiva durante os primeiros tempos existência do negócio. A Axel encontra-se, de certa forma, em abuso de posição dominante.

A Axel não sente, nem nunca sentirá a pressão da concorrência. A Axel não tem sequer de concorrer com ninguém. Tem mercado garantido. Quando muito, alguns dos seus membros sentirão essa concorrência. Os membros que tentarem construir um negócio de vendas leal, para fora da rede, terão sempre essa componente pela frente.

A Axel, futuramente, pensa em alargar a sua oferta ao mercado da cosmética e produtos para a pele, dirigida a um publico maioritariamente feminino. Neste segmento específico, roubará muita quota de mercado a empresas como a Nixea, ou a Xavon, ou a X'oreal. Aqui, neste mercado, é certo que fidelizará muitos clientes que já usam produtos semelhantes.

Se isto é comércio feito com ética, honestidade e respeito pelo próximo, então eu sou o Rato Mickey.

Se um esquema destes é considerado legal na nossa sociedade, então que a justiça seja cega, surda e muda.

14 comentários:

Anónimo disse...

A Isostar está vocacionada exclusivamente para o Desporto, com especial incidência para a Alta Competição, basta ler um pouco da apresentação que é feita na sua página na Net - http://www.isostar.com/pt-PT/Apresentacao.aspx.

A Agel está vocacionada para a Indústria do Bem-Estar, em geral, logo tem uma amplitude diferente e muito mais ampla, um mercado muito mais alargado.

Obviamente que quem consome produtos da Isostar também poderá consumir da Agel e vice-versa, mas será difícil substituir uns pelos outros. Assim, não vejo onde esteja a concorrência.

Quanto aos métodos de negócio, vamos supor que eu sou um Director de Vendas de uma grande Empresa... de bebidas, por exemplo. Tenho 3 regiões de vendas (Norte, Centro e Sul) e cada Região tem o respectivo Director Regional de Vendas. Em cada uma dessas regiões, existem vários departamentos de vendas em diversas cidades, cada uma com um Chefe de Vendas local. Em cada cidade tenho, digamos, 10 vendedores (como podia ter 2 ou até 50). Ora, cada vendedor depende do Chefe Local, que por sua vez depende do Director Regional, que por sua vez depende do Director Geral de Vendas da Empresa. Não será normal cada um dos Directores e Chefes ganhar uma comissão sobre as vendas que os seus vendedores fazem? Não será esse um incentivo para que eles os acompanhem e façam tudo para que vendam o mais possível (pois ganharam mais)?

Com um pouco de imaginação, poderemos transpor essa rede para a Agel e ver que o esquema de comissionamento não é assim tão anormal. A única diferença é que numa empresa tradicional, por sistema, reduzem-se os empregados, na Agel é precisamente o contrário.

Cumptos

Anónimo disse...

"A Isostar está vocacionada exclusivamente para o Desporto, com especial incidência para a Alta Competição, basta ler um pouco da apresentação que é feita na sua página na Net - http://www.isostar.com/pt-PT/Apresentacao.aspx.

A Agel está vocacionada para a Indústria do Bem-Estar, em geral, logo tem uma amplitude diferente e muito mais ampla, um mercado muito mais alargado.

Obviamente que quem consome produtos da Isostar também poderá consumir da Agel e vice-versa, mas será difícil substituir uns pelos outros. Assim, não vejo onde esteja a concorrência."

> Dou-lhe quase toda a razão no que diz. A ressalva fica para um ou outro segmento específico em que os produtos Isostar e os produtos Agel são mesmo concorrentes.
Eu usei a Isostar para ilustrar as diferenças no processo de "fabrico de lucros". Usei a Isostar porque é uma marca em que não me custa nada acreditar (porque é que será?), que coloca os seus produtos no mercado normal, em concorrência com outras empresas honestas, e que vive à custa da opinião que as pessoas têm /fazem acerca do produto em concreto.
Podia, certo, tem razão, ter pegado numa outra marca mais vocacionada para o mercado da saúde, e não tanto do desporto. Vou-me esforçar mais, de futuro, para melhorar a minha objectividade.


"Quanto aos métodos de negócio, vamos supor que eu sou um Director de Vendas de uma grande Empresa... de bebidas, por exemplo. Tenho 3 regiões de vendas (Norte, Centro e Sul) e cada Região tem o respectivo Director Regional de Vendas. Em cada uma dessas regiões, existem vários departamentos de vendas em diversas cidades, cada uma com um Chefe de Vendas local. Em cada cidade tenho, digamos, 10 vendedores (como podia ter 2 ou até 50). Ora, cada vendedor depende do Chefe Local, que por sua vez depende do Director Regional, que por sua vez depende do Director Geral de Vendas da Empresa. Não será normal cada um dos Directores e Chefes ganhar uma comissão sobre as vendas que os seus vendedores fazem? Não será esse um incentivo para que eles os acompanhem e façam tudo para que vendam o mais possível (pois ganharam mais)?"

> Ou eu não me expliquei bem na minha mensagem, o Sr. não a leu com atenção, ou então sou eu que não estou a perceber este seu exemplo.

À semelhança do que eu já disse sobre a Sagres e sobre as comissões dos revendedores Sagres na mensagem anterior, os cálculos são efectuados sobre as VENDAS de produtos para fora da rede. Niguém, que trabalhe dentro desta sua empresa de bebidas, é obrigado a comprar nenhum produto. O COMSUMIDOR FINAL pode escolher entre comprar as bebidas desta empresa, ou comprar as bebidas de outra empresa qualquer que estjam disponíveis no mercado. As VENDAS desta sua empresa de bebida dependem da opinião que o consumidor tenha sobre a qualidade do produto. NÃO dependem da obrigatoriedade de compra por parte dos trabalhadores da empresa.

O Sr., com este seu exemplo, mais razão me está a dar. A Agel, para vender o seu produto, não precisa da opinião de nenhum consumidor, precisa apenas de pagar a quem conseguir recrutar pessoal para entrar na rede. É triste.

"Com um pouco de imaginação, poderemos transpor essa rede para a Agel e ver que o esquema de comissionamento não é assim tão anormal."

> Nem com pouca, nem com muita imaginação. Quem assim o fizer, ou está completamente nas núvens, ou
anda-se a enganar a si próprio e aos outros.

"A única diferença é que numa empresa tradicional, por sistema, reduzem-se os empregados, na Agel é precisamente o contrário."

> Como alguém já disse noutro lado: esta sua afirmação é RIDÍCULA e HILARIANTE.

Cumprimentos,

Pedro M.

Pedro Menard disse...

Caro António,

Agradeço por ter passado para além do normal "deita-abaixo e já está", e de ter passado a uma argumentação mais evoluida. Gosto de quem tenta enriquecer o debate através de ideias assim.

Passo a comentar as suas afirmações:


"Comparando… na Agel terei de consumir um mínimo para ser recompensado, nessa empresa teria de vender um mínimo para ser compensado, certo? Ora, como eu posso controlar o que consumo mas não posso controlar o que vendo (o que os outros querem consumir) logicamente que mais facilmente asseguro a minha comissão na Agel do que nessa empresa de bebidas, certo?"

>>>> Errado. Por um lado, não basta só consumir para ser recompensando na Agel. Há que ter por baixo uma boa quantidade de pessoas a encher as pernas, coisa que, manifestamente, e como todos já perceberam, não vai acontecer para as últimas camadas da pirâmide.
Por outro lado, não sei se será mais fácil ser recompensado na Agel do que nessa outra empresa de bebidas. Depende de muitos factores. Entre eles, o jeito que a pessoa tem para o negócio/profissão. Uma coisa que não depende de muito factores, em todo o caso, é o salário do vendedor. Até pode ser que seja baixo, mas ele recebe sempre alguma coisa ao final do mês em troca do trabalho que efectuou. As comissões vêm por acréscimo. Só um prémio, no sentido literal do termo.

"Por acaso já provou algum dos produtos da Agel? "

>>> Confesso que não. As opiniões das pessoas que conheço, até agora, são favoráveis ao produto.

"Será que a opinião dos que o consomem não interessa à empresa?"

>>> Sinceramente, a minha resposta é não. Em minha opinião, não interessa nem deixa de interessar à Agel o que as pessoas possam pensar dos produtos. O negócio da Agel não passa pelos produtos. Os produtos são apenas uma fachada para o que realmente interessa: o esquema de comissões. (e não estou aqui a por em causa a qualidade do produto).

"Então, e quantas empresas no mundo inteiro pedem directamente ao consumidor, uma opinião sobre os seus produtos? Os dedos das mãos devem chegar para as contar."

>>> O Sr. sabe tão bem como eu que isso não é verdade. Pelas mãos contar-se-iam mais as que não pedem opinião. Basta, por exemplo, consultar qualquer site que haja para aí na Internet, ou ler o rótulo que acompanha a maior parte dos produtos, para se encontrar uma linha ou uma meio de deixar um comentário sobre determinada marca/artigo.

"E quantas empresas no mundo inteiro oferecem promoções para venderem os seus produtos? Haja mãos e dedos para as contar, serão quase todas, certamente."

>>>> Voltamos ao mesmo. A Agel NÃO é uma dessas empresas, uma vez que a AGEL não tem uma política, uma filosofia, uma cultura de incentivo de VENDA dos seus produtos. Se assim fosse, se o objectivo dos membros da pirâmide Agelíaca fosse tentar vender os produtos, garanto-lhe que eu não estaria aqui a falar.

"A Agel paga para que se consumam os seus produtos"

>>>> É isso que eu ando a tentar dizer há não sei quanto tempo! É isso que está errado no meio disto tudo.

" e, quanto mais pessoas os consumirem, mais se ganha, obviamente"

>>>> Isto é a lógica do inviesamento total. Quanto mais pessoas consumirem, mais pessoas há a ganhar, certo. Mas, MAS, mais pessoas há também a pagar para que as de cima ganhem. A proporção é assustadora, os tais 90%(pagarem)-10%(ganharem). A sua frase, sem este remate, passa por muito astuciosa.

"Se eu consumir Actimel (passe a publicidade), por exemplo, e disser aos meus familiares, amigos, colegas, etc. que é muito bom e até os convencer a consumir, será que a Danone me dará alguma compensação? (aqui é para rir) Na prática, eu estou a trabalhar para eles, a fazer publicidade ao seu produto, a angariar clientes para eles, que lhe darão mais dinheiro e, quiçá, mais clientes e mais dinheiro… o que é que eu ganho com isso?"


>>>> Neste caso, e como não há ninguém a pagar, no mínimo, 230€ para aderir a uma rede duvidosa, esta prática é perfeitamente legítima. Deixe-me pegar na sua lógica e passar para a AGEL: se o sr. andasse aí a pregar a amigos e conhecidos que o produto da AGEL é o máximo, é excelente, é o melhor que podem encontrar em artigos para o bem estar, e a seguir lhes indicasse ONDE O PODEM COMPRAR, estaria tudo bem. Até nem me importava nada que o sr. ganhasse uma comissão à custa disso. Os seus amigos e conhecidos provavelmente experimentariam o produto, e consoante gostassem ou não, voltariam a comprar ou não. Mas não pagariam 230€, no mímino, para se juntarem a uma rede em que o que importa menos é o próprio produto.

"Afinal quem atira areia para os olhos de quem? É tudo uma questão de visão e pontos de vista."

>>>> Tem razão.

"O que é triste para mim é constatar que é preciso vir alguém ou algo dos EUA, um país com meia dúzia de anos de existência, comparado com o nosso, para nos mostrar como evoluir. E todos sabem que não é só neste aspecto. Mas enfim."

>>> O que é triste para mim é ver chegar uma empresa dos E.U.A para mostrar como é que se monta um esquema semi-legal de extorsão de dinheiro e angariar não sei quantos milhares de pessoas de um momento para o outro.

"De facto, na Agel não se arranjam empregados, arranjam-se consumidores que são recompensados pelo seu consumo e pelo seu empenho."

>>>> O empenho da Agel, infelizmente, é apenas um: arranjar mais pessoal. Um dia a mina esgota e depois quero ver o que vai dizer do empenho infrutífero dessas pessoas todas que ficaram por baixo.

"Infelizmente, na esmagadora maioria das empresas, apesar de não terem que recompensar nenhum consumo, nem se preocupam a recompensar o empenho dos seus empregados. Mas é o País que temos."

>>>> E a solução passa por nos juntarmos todos a AGEL. Como é que o governo não pensou nisto antes? Se o governo montasse um esquema destes, acabava-se logo o mal estar social e as queixas todas por baixos salários na função pública. Sabe o que se passa? Na Agel, não há que chegue para todos... há uns poucos que vão ganhar muito, e uns muitos que vão perder um pouco. É o pais que temos.

Cumprimentos,

Pedro

Anónimo disse...

"Então, e quantas empresas no mundo inteiro pedem directamente ao consumidor, uma opinião sobre os seus produtos? Os dedos das mãos devem chegar para as contar."


Apenas queria salientar que muitas das grandes marcas antes de lançarem um artigo novo fazem estudos de mercado ,onde consultam pessoas de todos os quadrantes de forma a que o novo artigo tenha um minimo de aceitação por parte do mercado,muitas vezes até questionam os gostos pessoais de forma a que o esse novo artigo vá de encontro ao gosto da maioria das pessoas consultadas( dou como exemplo um novo sabor de iogurtes danone).

E as pessoas consultadas sao pagas para dar a sua opiniao nesses estudos de mercado ,a informação dada é extremamente valiosa para as empresas.

Não me parece que tenha sido esse o caminho seguido pela Agel.

Acho engraçado quando associam bem estar com Agel,então e a constante pressão para recrutar novas pessoas ? E as horas perdidas em demonstrações passadas muitas vezes com pessoas que nao se conhece de lado nenhum so porque sao amigas do amigo que é amigo de alguem quem esta por baixo de nós? E o constante "controlo" que é feito sobre quem esta abaixo de forma a que as pessoas que recrutamos recrutem outras pessoas ? E as deslocações que efectuam de forma a que tudo o que descrevi acima aconteça?

Isso é bem estar,isso é tempo passado em familia?

Quanto ao gel em si,ainda estou á espera das celebres etiquetas em portugues de forma a que seja autorizada a sua comercialização em portugal ,os artigos alimentares têm todos de ter rotulo em portugues. As unidades a que tive oportunidade de ter em mãos nao tem rotulo em portugues,nao tem composição ,alem de uma frase bastante elucidativa : "this unit not intended for individual sale" .


Alguem que me explique como uma empresa como a Agel se expande com um artigo que nao se pode vender? Onde é que estao as vendas?

Muito falam sobre o gel,que é isto e é aquilo,e nao se pode vender! Então se eu for distribuidor Agel vou distribuir o quê afinal ? E para quem?

Ahh...existe o plano compensaçoes! Não é por acaso que de 1 hora de demonstração ,45 minutos sao sobre o plano de compensaçoes Agel .


E a lista de duvidas continuava...

Anónimo disse...

Desde ja agradeço os esclarecimentos prestados pelo sr. antonio campos,mas todas as duvidas lançadas continuam sem resposta .

Continuo sem saber qual a razão de 4000 portugueses ja terem aderido ao negocio da Agel e nao ter sido vendida 1 unica unidade do gel sem ser para os futuros distribuidores agel.

Como a empresa está há 2 anos em Portugal,e mais uma vez nao foi vendido 1 unico pacote de para o publico .


Parto do pressuposto que o negocio da Agel consiste em :

1º - vender o gel de forma personalizada ,todos aqueles que aderem tornam se clientes da Agel e consomem o seu produto(os varios geis). Todos que entram no negocio agel estao no fundo a tornar se clientes agel,pagam 120 euros por mes e têm direito ao produto em casa todos meses.

2º - atraves do pagamento dos 200 ou 900 euros,têm o "previlegio" de receber comissoes por outros consumidores que consigam encorporar na rede Agel.

E é aqui que reside a grande polemica,quando falam em rede de distribuidores,estam a utilizar o termo incorrecto,o termo correcto é rede de consumidores.

Ninguem é distribuidor de nada,se ja estao cá há 2 anos e nao venderam 1 unica unidade,todos os que entram sao consumidores que beneficiam atraves de comissoes com a entrada de novos consumidores.

Quando me apresentaram a Agel me tivessem dito : "olha,tenho aqui um produto fantastico,faz maravilhas ao teu organismo,e se pensares o mesmo que eu,e quiseres fidezar o teu consumo atraves da encomenda mensal do artigo ,eu posso beneficiar com a tua preferencia pela agel,ja que recebo uma comissao pelo teu consumo.E se quiseres ser um pouco ambicioso ,e ganhares tambem tu uma comissao por recrutares outros consumidores para os produtos da Agel,ficaremos ambos satisfeitos quer com o consumo do produto quer com as comissoes que ambos fazemos com a satisfaçao que outros tem com o consumo do gel,eu teria feito outras perguntas tais como :

- os geis têm certificado de qualidade?
- foram testados e as suas qualidades comprovadas atraves de laboratorio e estudos cientificos?

E claro,o meu gosto pessoal,atraves da experimentação do produto,seria decisiva na minha resposta.

Mas quando referem a Agel como MLM ,outras questoes ainda mais serias se levantam :

- esta a agel autorizada a comercializar o produto em portugal,tem licença legal para o fazer?
- estao os produtos certificados de forma a que seja legal a sua comercialização?
- nao tendo a agel uma delegação em portugal,no caso de uma fiscalização pelas autorizadas competentes quem assume as responsabilidades ?
-no caso de algum lote do produto ter prejudicial á saude,como ocorre a retirada de venda do produto do mercado ,quem assume as responsabilidades judiciais?
- sou ressarcido no caso de a empresa cessar funçoes?

Conclusoes finais :
- enquanto a Agel for uma rede de consumo interno,visto que o gel nao pode ser comercializado ,e face á concorrencia do mercado dentro do mesmo sector,é exageradamente alto o valor pago pelo produto alimentar que estamos a consumir.E quando ,acima de tudo,nenhum das suas qualidades esta comprovadas.Alem do mais o target destes geis é sobretudo o mercado americano com a sua alimentaçao fast food ,do que o mercado portgues.

- a grande atracçao do negocio agel enquando rede de consumo interno sao as comissoes que se recebe atraves do recrutamento de outros consumidores. vejam bem o esquema que o sr. Menard colocou no seu blog e vejam como é dificil ganhar o quer que seja com isto.Não se esqueçam tambem do dinheiro que perdem com deslocaçoes de forma aliciar outras pessoas a serem consumidoras ,e outros gastos como almoços ,jantares ou outras dispesas diversas.

- Quando o produto for realmente comercializado ,e a Agel uma verdadeira MLM ,e os distribuidores serao realmente distribuidores, os geis terao de enfrentar a concorrencia de outros produtos similares,e ai ,face ao valor de sada pacote,a penetraçao de mercado sera nula ou quase inexistente,porque muito que o produto seja bom (mais uma vez ainda nao comprovado) ,o seu preço será a estocada final neste negocio.

A grande mentira nisto tudo é aliciarem as pessoas para um negocio onde nao existem vendas para o publico ,onde nao existe negocio no fim de contas,e onde apenas as comissoes de fidelização contam para se ganhar algum dinheiro ao fim do mes.

P.S. : Acho delicioso o pormenor de ,para se começar um negocio,ja temos de ter outra fonte de rendimentos,porque os 200 ou 900 euros iniciais,mais os 120 euros mensais nao caem simplesmente do ceu.

Cumprimentos

Anónimo disse...

"P.S. : Acho delicioso o pormenor de ,para se começar um negocio,ja temos de ter outra fonte de rendimentos,porque os 200 ou 900 euros iniciais,mais os 120 euros mensais nao caem simplesmente do ceu."

Sem comentários...

Já agora como queria começar uma negocio?? abrir uma empresa sem despesas sem nada a pagar, e ainda queria que lhe pagassem era???

lolol, nem sabem do que falam..

se me indicar um negocio em que nao temos de investir diga-me que eu abro logo uma dessas.

Anónimo disse...

...e mais,se quiser pode investir apenas os 200, porque se trabalhar recupera logo num mês esses 200 e fica com um rendimento suficiente para pagar os tais 120 por mes, e depois já com os lucros fazer o upgrade para executivo, mas isso é a minha maneira de ver, nao podemos ver todos da mesma forma, se nao a agel já tinha para ai uns milhoes de portugues...

Anónimo disse...

"Antes de mais, quero pedir-lhe desculpa por usar e abusar do seu espaço, mas quando começo a falar de um assunto…"

>>> Caro António, não abusa nada e não tem nada de pedir desculpa. Este espaço serve também para debater ideias. Era bom que houvesse mais gente como o Sr.

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"Também lhe agradeço os comentários. Eu aprecio sempre um debate de ideias, embora pense que este método não é o mais adequado. Sinceramente, não aprecio muito os blogues, não pelo seu conteúdo mas especialmente pela sua estrutura. Obviamente que há blogues que servem apenas para os seus criadores desabafarem o que lhes vai na alma, muitas vezes sem o respeito pelos outros e pelas instituições, mas também há alguns que sei serem de interesse. Confesso que este não me merecia muita atenção, logo pelo título. Mas, não sei porquê, resolvi ler alguns passos e interessei-me.

Mas o que não gosto verdadeiramente é a estrutura dos Blogues (pelo menos os que conheço). Julgo não ser muito prática a consulta dos artigos e acabo por nunca saber bem onde estou. Por exemplo, se quero ler uma sequência de artigos, tenho de começar pelo fim, andando para baixo para ler o artigo, depois voltar um pouco acima para ler o outro, voltando a rodar para baixo. Depois, sou obrigado a ler uma tira de texto com um terço da largura do monitor (que desperdício). Mas é apenas a minha opinião…"

>>>> Estou de acordo consigo. Optei por um blog por causa da relativa simplicidade em "montar a casa". Um site de Internet autónomo é coisa muito mais complicada de fazer.

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"Só um tolo pode pensar que vai ganhar mundos e fundos logo no início, embora isso aconteça, de facto, com alguns. "

>>> Não se esqueça que para pelo menos 50% dos membros do negócio, não vai haver qualquer hipótese de lucro. A não se que essa gente se ponha a tentar vender o produto. E dessa forma o mais que ganham são uns trocos para ter no bolso.

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"Do mesmo modo, tal como em todos os negócios, ninguém garante que este é para sempre."

>>> No caso da Agel, há precisamente a garantia contrária - que não é para sempre.

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"Por acaso já ouviu falar do processador de texto WordPerfect? Foi um grande sucesso informático e comercial mas… já desapareceu. O seu criador é um dos donos de uma grande empresa de capitais de risco nos EUA, a ASH Capital. Esta empresa foi a que financiou o lançamento da Agel. Curioso não é? Acasos dos negócios."

>>>> Sim, conheço essa história toda. Por acaso até cheguei a trabalhar com essa ferramenta.
Muito Curioso. O que é que beneficiamos todos com esta informação, ao ceerto?

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"Mas falando dos negócios e do emprego, em geral, há alguém que se preocupe com o estado financeiro da empresa ou entidade para a qual vai começar a trabalhar? A única coisa que sabem é que vão ter um contrato por X tempo e já é muito bom. Olhe, a minha mulher já anda nisso há uns 15 anos (é professora contratada). E por acaso alguém se preocupa se o seu colega no serviço vai lá ficar muito tempo ou se vai para a rua no mês seguinte? Provavelmente até pensam “oxalá que o despeçam a ele e não a mim”."

>>> Não entendo onde quer chegar. o que é que isto tem a ver com a Agel? Não é porque determinado emprego/trabalho é mau/bom que o esquema da Agel é legítimo e aceitável. É que nem podemos comparar uma coisa com a outra.

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"Quanto ao jeito para o negócio ou para qualquer profissão, cada um sabe de si."

>>> Concordo.

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"Em relação à Agel, tudo é explicado ao pormenor, só aceita quem quer.

>>> Só aceita quem quer, certo.
Contudo, nem tudo é explicado ao pormenor. Por acaso passa-se ao contrário. Há muitas omissões. E há algumas mentiras também. E há também uma grande aposta em descredibilizar a vida das pessoas, levá-las a pensar que é horrível, e que a Agel é a salvação ao virar da esquina. Há vários videos da Agel que apontam precisamente nesse sentido, por exemplo.

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"Numa empresa, quantas vezes somos admitidos com uma finalidade e depois passamos a fazer outros trabalhos, por vezes bastante diferentes do inicialmente acordado? E quantas vezes arranjamos um emprego, simplesmente porque precisamos do dinheiro, pouco importando se temos arte para o ofício (foi o que aconteceu comigo na tal loja de electrodomésticos)?"

>>> Verdade. A vida por vezes é madrasta. A minha opinião relativamente à Agel mantém-se inalterada. Aliás, fico mais irritato ainda quando penso que o "trabalho" que vou fazer para a AGEL não passa de recrutamento. O que interessa é apenas recrutar pessoas. Não há outra coisa em cima da mesa, embora muita gente não se aperceba desta realidade logo de início.

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"Sobre os ganhos, como disse, inicialmente poderão ser baixos, mas a tendência é para aumentarem exponencialmente, ao passo que um salário é fixo e mesmo as comissões de vendas em muitas empresas têm um tecto."

>>> Mais uma vez, não se esqueça que, para pelo menos 50% dos inscrito, os do fundo da pirâmide, não vai haver NUNCA qualquer hipótese de ganho de comissões.
Ao passo que, numa empresa normal, toda a gente ganha pelo menos um salário.

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"É certo que é preciso fazer algum investimento (em que negócio isso não é preciso?). Na Agel, esse investimento é a compra de produtos, isso é bem claro. Eu fico com os produtos, se entender que não quero consumi-los, posso oferecê-los ou mesmo vendê-los.
Para esclarecimento, refiro que o valor do pagamento inicial é essencialmente para o produto (4 caixas), mais o IVA (é verdade, paga-se mesmo IVA) e para os portes de envio. Mas existe uma espécie de “Taxa de Adesão”, no valor de 25,00 euros.

>>>> De acordo. Já não estou tanto de acordo quanto ao preço do produto, que acho excessivo para o nosso mercado. 60€ por 1 caixa de 30 pacotes de sumo? Talvez em França isso seja adequado. E fazer da adesão à rede uma encomenda inicial de pelo menos 4 caixas de produto é apenas a forma da AGEL NUNCA perder dinheiro.

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"Confesso que não sei se dão resultado, o tempo o dirá. Mas por acaso já entrou numa loja de produtos nutricionistas? E há várias, por vezes com produtos totalmente distintos mas para os mesmos efeitos. E faz alguma ideia do número de pessoas que cada vez mais procuram desses produtos? Mais uma vez estou a falar com conhecimento de causa, pois a minha mulher já fez algumas dietas com incorporação de alguns desses produtos. Fui a algumas dessas lojas, a consultórios, vi o movimento que existe e presenciei várias conversas com familiares, amigos e conhecidos sobre essas questões. Tudo isto muito antes de conhecer a Agel."


>>>> A AGEL vai tirar negócio a essas lojas todas de produtos nutricionistas. E vai fazê-lo de uma forma desonesta, sem que elas tenham sequer hipotese de combater de volta, ao abrigo do mercado da livre concorrência.
Leia com mais atenção esta mensagem do "Descubra" as diferenças", se é que ainda não o fez.

"Tem razão no que diz, mas eu estava a referir-me a um pedido DIRECTO das empresas. Vamos ser realistas… quase ninguém liga ao que vem nos rótulos, com excepção do prazo de validade. Por vezes existem folhetos que vêm junto com os produtos mas são quase sempre para sorteios ou promoções, não para pedir opiniões. E mesmo que o fizessem, o mais certo era irem para o lixo."

>>> Se a Agel tem assim tanto interesse na opinião das pessoas, porque é que não traduziu, ANTES DE ENTRAR no mercado, a informação toda para português? Como é que uma empresa que afirma incentivar as vendas não faz uma coisa destas, tão trivial e tão essencial para o negócio?

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Aí é que está a grande diferença entre a Agel e as restantes empresas – o conceito. Esse conceito começa precisamente no produto (baseado na Tecnologia de Suspensão em Gel) e complementa-se no método de distribuição, consumo e compensação. Tudo junto, estamos perante um conceito novo e diferente, inovador e revolucionário.

>>> O Sr. consultou as informações relativas à empresa ASH mas esqueceu-se das informações relativas aos esquemas em pirâmide.
O tal "conceito novo e diferente, inovador e revolucionário" não passa de uma reciclagem maquilhada a um processo que já tem décadas de rugas, e que por cá ainda não se deu a conhecer tão espampanentemente como com a AGEL.
O conto do vigário tem sempre uma abordagem nova a cada tentativa diferente.

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"Mas como em tudo, ninguém é obrigado a aderir, assim como ninguém é obrigado a usar os produtos da Microsoft, embora até reconhecendo que sejam os melhores."

>>> Infelizmente para a Agel, não há nenhum comprovativo válido que diga que os seus produtos são os melhores. É uma comparação descabida.

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"A nossa vida não se baseia apenas nos conceitos de CERTO ou ERRADO, BEM ou MAL. Que tal pensarmos em termos como IGUAL ou DIFERENTE? Em minha opinião, é precisamente o que se passa com a Agel – é DIFERENTE. E todos sabemos como, por vezes, é difícil lidarmos com algo diferente, a que não estamos habituados, mexe connosco, mas há um dia em que o preconceito desaparece… depois explico-lhe como aconteceu comigo, se tiver interesse em saber, claro."

>>>> Aceito a sua opinião em relação ao "diferente". Aceito também que "tenha mexido" consigo. Eu também senti isso tudo quando me apresentaram o negócio a mim. E ainda mais estranho me senti quando comecei a levantar as pontas do véu e a aperceber-me da trafulhice toda escondida por detrás dele.
"A nossa vida não se baseia apenas nos conceitos de CERTO ou ERRADO, BEM ou MAL", certo. MAS TAMBÉM de baseia neles. Quando eu vejo um gatuno a entrar em casa de um vizinho, posso apelidar a experiência como sendo "diferente", e depois posso avaliá-la como sendo "ERRADA", "MÁ", e denunciá-la à polícia.

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"Pedro, não se trata de nenhuma astúcia na minha frase. Esse é o filme de qualquer empresa que quer prosperar no mercado, mais consumo = mais ganhos. Mais uma vez a Agel está a ser diferente. Fazendo uma comparação, numa qualquer empresa de produtos, quanto mais nós, consumidores, consumirmos, mais a empresa ganha, certo? E quando a empresa ganha, para onde vão os lucros? Na maioria delas, vai 100% (ou perto disso) para os seus gestores ou donos, certo? Ou conhece alguma que reparta… digamos, 10%, entre os seus funcionários?"

>>>> Não conheço nenhuma. Nem sequer a Agel. Mas já que falamos de repartição justa dos lucros, então porque não convidar todos aqueles que estão a ganhar dinheiro com a AGEL a repartir esses lucros com os que estão a perder? Se fossemos fazer as contas, rápidamente veríamos que não havia dinheiro nem para metade dos prejudicados.
Que tal as estatíticas de 10% dos membros a terem lucro e 90% a terem prejuízo? O que me diz a esta distribuição de riqueza? Parece-lhe justa? A mim parece-me ainda mais horrenda do que a da empresa que deu no exemplo. Ao menos aí NINGUÉM está a perder nada. Há um salário que é pago a todos.

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"Já agora, convém que nos lembremos que os funcionários de uma determinada empresa, seja ela qual for, também podem consumir os produtos da empresa em que trabalham, certo? (ou não?)"

>>> Certo. PODEM. Não são obrigados a isso. E agora repare nesta pequena nuance - PARA RECEBEREM COMISSÕES, os vendedores dessa empresa não têm de comprar nada à empresa. Numa futura mensagem minha, neste blog, terei oportunidade em explicar porque é que isso faz a diferença em termos LEGAIS, entre um negócio honesto e uma fraude.

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Na Agel, a parte do consumo é idêntica, tem de haver sempre alguém a consumir (comprar), seja dos seus “funcionários”, seja de terceiros (sim, isso também é possível). A grande diferença está na repartição dos lucros, que é feita pelos seus colaboradores/consumidores. Não vejo nada de errado, vejo algo diferente."

>>>> >> A parte do consumo é idêntica, sim, mais ou menos. A grande diferença está na geração da riqueza - que é feita apenas dentro da rede, e que dessa forma corta logo pela raiz a hipótese de uma justa repartição dos lucros, como já foi explicado. Eu também vejo uma diferença, mas vejo uma diferença desonesta.


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"Aqui o Pedro mostra que não conhece como tudo se processa. Há três hipóteses de funcionar com a Agel:

1ª Consumir o produto e tornar-se “membro” aderindo ao plano de compensações.
2ª Consumir apenas o produto. Para o efeito, basta contactar algum membro e inscrever-se como cliente preferencial. Passará a receber o produto em casa e o seu consumo conta para efeitos de comissão do membro que o inscreveu.
3ª Não fazer nada.


Logicamente que ao ser-se um cliente preferencial, e querendo ser um consumidor habitual, porque não entrar no plano de comissões?"

Que tal porque é desonesta? E fraudulenta?

Quem quer consumir o produto limit-se a comprá-lo. Coisa que não estou a ver muita gente a fazer.

" A única coisa que tem de fazer é pagar a tal taxa de 25,00 e comprar um mínimo de 4 caixas. "


>>>> É "só fazer isso". Comprar, no mínimo, 250€ de sumos. Quem é que no seu perfeito juizo, e não tendo um esquema milagroso de gerar dinheiro por trás, se vai disponibilizar a pagar 250€ por quatro caixas de sumo que não conhece de lado nenhum?

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"Ninguém o obriga a “recrutar” ninguém, mas quem sabe, se com a ajuda de outros membros, ou mesmo sozinho) isso até não pode vir a acontecer, resultando nalguns ganhos?"

>>>> Ninguém obriga niinguém a recrutar, mas quem está inscrito sabe que se não o fizer não vai ganhar dinheiro nenhum, e logo, mais valia não se ter inscrito.

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"Assim, os números que apresenta nos seus exemplos, não passam disso mesmo, apenas números. O crescimento é imprevisível, quer em quantidade, quer em duração no tempo."

>>> Certíssimo. Apresento modelos teóricos. Alguns deles com admitidos erros. Não escondo esses factos.


"A única coisa certa, e o Pedro refere esse GRANDE pormenor (passe a contradição), é que quem mais cedo se tornar membro, mais hipóteses tem de auferir maiores ganhos e mais rapidamente."

>> Idem Aspas.
Nada disto invalida, contudo, a fraudulência do negócio e a insustentabilidade do mesmo.

Cumprimentos,

Pedro Menard

Anónimo disse...

Caro António Campos,

Cumpre-me esclarecer alguns pormenores que considero erróneos na explicação que oferece ao/á Sand.

Em primeiro lugar, as empresas que considera semlehantes à Agel quanto ao modelo de venda. O Sr. Atónio diz: "À semelhança de vários outros que referi e que já estão em Portugal há muitos anos (Tupperware, Avon, Círculo Leitores, Rainbow, etc.), os produtos da Agel não se encontram à venda em lojas."

Estas empresas, qualquer uma delas, e mais os seus modelos de vendas, operam na legalidade. São modelos sustentáveis porque premeiam, com ou sem comissões, as VENDAS para fora da rede de associados. O Círculo de Leitores é aqui uma excepção, mas o Círculo de Leitores não promete ganhos monetários de espécie alguma aos seus associados. Os associados sabem que estão a comprar livros (numa base periódica) e o negócio da empresa passa apenas por aí. Os associados não têm/mantêm qualquer tipo de negócio. Sabem que não vão ter qualquer lucro baseado em comissões ou o que quer que seja. Para além disso, os livros vendidos pelo C.L. estão há venda em qualquer outra livraria. Há um mercado aberto, em concorrência saudável.


O Sr. Atónio diz: "Mas qualquer pessoa os pode comprar, têm é que falar com alguém que seja membro da Empresa. Espero ter esclarecido definitivamente esta dúvida."

E eu espero ter escalrecido que as empresas em questão não podem ser comparadas à Agel. As empresas em questão são sustentáveis porque ninguém fica, em tempo algum, a perder dinheiro. Na Tupperware e na Avon, por exemplo, as pessoas não são obrigadas a comprar produtos para ter comissões. As comissões resltam das vendas que os associados conseguem fazer para fora da rede. Se não conseguirem, as empresas voltam a receber o produto e devolem o dinheiro. Um modelo justo. O modelo normal para falarmos de COMISSÕES.


O Sr. Atónio diz: "Mas isso leva-me a outra questão que também tem sido muito criticada – o facto de termos de arranjar outros membros para ganharmos dinheiro. De facto, se isso acontecer, eu ganho MAIS dinheiro, mas não é condição cinequanon para eu ganhar dinheiro."

Peço desculpa, mas essa é, de facto, a única condição para ganhar dinheiro. E essa é, de facto a coisa que mais critico no modelo todo. Quando não houver mais pessoas para aderirem à rede, e ao contrário do que se passas nas empresas todas que mencionou anteriormente, as que lá estão vão começara a desistir e a pirâmide vai desfazer-se. Não estou, de facto, a ver ninguém a tentar vender o que quer que seja, por duas razões essenciais: 1) Ninguém vai vender os produtos a amigos e familiares para Ganhar dinheiro. Quando muito vendê-lo-ão a preço de custo. 2) Ninguém vai vender os produtos a desconhecidos. Seriam necessárias FACTURAS, coisa impensável para os membros da Agel.
Sempre podem colocar esses desconhecidos como "Clientes Preferênciais", mas não estou a ver alguém a dar 60€ por uma caixa com 30 pacotitos de sumo numa base regular.
E mais, a AGEL proíbe a venda do produto em lojas. LOGO, que mercado é que sobra? NENHUM!

O Sr. Atónio diz: "É aqui que o(a) Sand encontra a tão desejada venda ao “público”.
Com base nisto, dá para entender que os pressupostos que refere a seguir, na sua argumentação, estão QUASE certos, falta incluir estes tais “clientes”, que não têm de comprar as caixas iniciais para se tornarem membros."

>>> E que de facto não existem. É uma miragem.

O Sr. Atónio diz: "Sobre os certificados de qualidade… agora que fala disso, fez-me entrar em pânico. Então não é que fui à minha dispensa e chego à conclusão que tenho de deitar tudo fora? Nenhum produto indica que tem um certificado de qualidade. Pior, ando há mais de 40 anos a comer pão e nunca pedi os certificados de qualidade aos padeiros. E a água da torneira que bebo todos os dias? Será que a minha Câmara tem o seu certificado de qualidade? E o que comemos nos Restaurantes? Mas posso ficar descansado que não tomo cafés, já viu o que era pedir certificados de qualidade antes de tomar uma bica? Olhe, eu nem quero pensar nisso, senão morro à fome."

Colocar os produtos da AGEL ao nível de produtos alimentícios vulgares, alguns de primeira necessídade, é mais um erro grosseiro, ou então uma tentativa de fugir à realidade. Se os alimentos que consumimos no nosso dia a dia não têm certificados de qualidade deve ser porque não vêm acompanhados de uma publicidade enfabulada a dizer que são tecnologicamente avançados, que são absorvidos de forma ultra-rápida, e que podem produzem certos efeitos físicos de "bem estar". O que pretendemos todos saber é se existem testes (certificados, se lhes quiser chamar assim) feitos por laboratórios isentos e credíveis acerca da veracidade destas afirmações.


O Sr. Atónio diz: "Quanto aos testes e análises, é óbvio que eles foram feitos, se assim não fosse, acha que um produto desses estaria a circular nos EUA? Eles têm um controlo muito mais rigoroso do que nós. Mas a mesma questão se levanta, onde estão os resultados dos testes e análises a tudo o que consumimos diariamente?"

Veja a resposta anterior, s.f.f.
Nã tente baralhar as coisas.
A dúvida que o/a Sand tem é legítima. E se os produtos fizeram mal a certas pessoas?
Ainda mais apertado que o controlo da Administração Norte Americana sobre produtos, é o controlo sobre medicamentos... e de vez em quando lá se apanha um ou outro que fazem mal a isto ao àquilo, depois de já estarem a ser comercializados.

O Sr. Atónio diz: "Felizmente que temos uma entidade que vai fiscalizando como pode (ou não) e a Agel deu conhecimento à ASAE dos produtos que iria comercializar em Portugal."

Felizmente que sim. Agora pergunto-lhe: o Sr. António saber se de facto a AGEL deu conhecimento à ASAE? Ou disseram-lhe e o Sr. Acreditou? É que as versões que existem aí a cicrular já são mais que muitas. Uma delas, a mais frequente, diz que há um certificado da ASAE, embora eu nunca o tenha visto. Outra diz que foi o Semanário Expresso que pediu à ASAE para analizar o produto. Outra ainda, a que ouvi mais recentemente, diz que a aceitação do produto para ser vendido no mercado nacional passa pelo Ministério da Agricultura, e não pela ASAE.

Em que é que ficamos, afinal de contas?


O Sr. Atónio diz: "Será que as outras empresas estrangeiras fizeram o mesmo? E os chineses?"

>>> Não é por acaso que de vez em quando a ASAE lá fecha uma ou outra loja chinesa. Mas gostei da comparação, desta vez. Pode ser que um dia destes a ASAE decida acabar com o negócio fraudulento da Agel.



O Sr. Atónio diz: "- Como referi, a Agel informou a ASAE sobre os seus produtos, não precisa de uma licença especial, ao contrários dos medicamentos, por exemplo."

Não acredito que o tenha feito, e a tê-lo feito, não sei qual a razão.


O Sr. Atónio diz: "- Todas as responsabilidades têm de ser assumidas pela Empresa, a AGEL, seja em Portugal, nos EUA ou na China."

Pois têm. O pior é quando NÃO HÁ uma Agel em Portugal. O Pior é quando a responsabiliade não é assumida por ninguém. Diga-me o Sr. onde me posso dirigir, em Portugal, para pedir informações institucionais sobre a Agel?



O Sr. Atónio diz: "- Ressarcido? De quê? Recordo que se compram produtos, e quando se compra uma coisa é porque se tem interesse nela, embora haja um prazo de ponderação para se poder devolver. Mas em caso de falência ou “fecho de portas” (penso que é a isso que se refere), obviamente que não há nada a reclamar. Como qualquer produto perecível, tem um prazo para reclamar, mas não para exigir ser ressarcido se a empresa fechar. Se o Continente der o berro, vai lá exigir alguma coisa? Vai devolver as compras que fez no dia anterior? Quem diz o Continente, diz a lojinha da esquina, ou a Avon, por exemplo.

O Continente, ou a Avon não impingem a ninguém a compra de 230€ em caixas de pacotes de sumo. Há uma grande diferença. E nem vou falar dos 960€ + 16 caixas...

Sabia que a nos Estados Unidos, este tipo de negócios estão protegidos por uma cláusula legal que OBRIGA as empresas a pagarem de volta todos os custos que qualquer inscrito tenha tido caso ele desista nos primeiro 6 meses de "actividade". Todos os custos significa mesmo todos os custos. É produtos, é inscrição, é despesas de envio, etc.

O Sr. Atónio diz: "Sim, o produto é caro, assim como o são muitos outros na área do nutricionismo e bem-estar. Mas este é inovador e isso, normalmente, tem um custo acrescido. Por outro lado, facilmente se recupera o que se gasta, em termos financeiros."

Esta conclusão é falaciosa. Nem neste momento, em que o negócio está ao rubro, esta condição se verifica. E quando chegarmos mais perto da saturação vai-se verificar o contrário: é quase impossível para alguém recuperar o investimento.



O Sr. Atónio diz: "É verdade, AINDA não há concorrência para os produtos da Agel, mesmo que estes estivessem disponíveis para o público em geral."

Não acredito em si. Peço desculpa, mas não acredito.



O Sr. Atónio diz: "Mais uma vez lhe digo, um negócio não tem necessariamente de ter vendas ao público. "

É verdade, mas dentro dessa realidade, há uns que são legais e outros que não são assim tão legais.

O Sr. Atónio diz: " Uma coisa é certa, poucos ou nenhuns negócios lhe permitem ter um arranque com um investimento tão pequeno e que, ainda por cima, é feito através da compra de produtos para consumo próprio e não para compra de material de logística ou economato, aluguer de estabelecimentos, publicidade, empregados, stocks, etc."

> A reunião destas condições-maravilha é uma garantia de que alguma coisa não bate certo. Mas leiam o resto do meu blog para seber ao certo o quê!

Cumprimentos,

PM

Anónimo disse...

Entao e se eu resolver entrar para a pirâmide apenas para consumir? Ou seja se eu entrar apenas porque gosto do produto e não meto ninguem abaixo de mim. O que está acima de mim so vai ganhar da perna q tem menos, ou seja de mim. Esse acaba por sair e a pirâmide vai desabando sucessivamente nao?

cumps.

Pedro Menard disse...

Caro António,

Acho que já me está a ganhar em termos de quantidade de palavras que consegue escrever por minuto... Dou-lhe cada vez mais razão quando diz quem um blog não é grande espingarda para discutir argumentos.
Não lhe posso é dar razões noutros assunto, infelizmente...

O Sr. António afirma: "Quando diz que 50% dos membros não terão lucro, está-se a esquecer deste facto e apenas a considerar o universo da população portuguesa. "

>>> Não me estou a esquecer de nada. 50% será sempre para qualquer mercado. Será sempre para todos os mercados. Será sempre para qualquer conjugação de mercados. No final de tudo isto, quando já não houve mais ninguém para juntar à pirâmide, e eu acredito que essa data está muito mais próxima do que 2020 ou 2015, 50% dos inscrito não terá outra opção de ganho que não seja a venda a terceiros. Mais: acredito que a maior parte destas pessoas NUNCA vai vender nada a ninguém. Mais: 50% é se contarmos apenas com a linha de baixo, porque acima desta há mais duas ou três linhas de "membros inscritos" que também não vai ter lucro nenhum com ajuda do tal "plano de compensações". Os valores, se pagarmos nesta gente toda, são inequívocos: 90% de pessoal a perder dinheiro e 10% de pessoal a ganhar dinheiro. Justíssima "distribuição" por parte da Agel das recompensas junto dos membros.

"Acredito perfeitamente que um dia só a venda dará lucro, mas esse dia não será amanhã, com toda a certeza, e ainda vem longe. E se estiver perto, significa que já há muita gente a ganhar dinheiro."

>>>> E muitas mais haverá a perder, não se esqueça dessa parte, por favor.

"Quanto à legalidade da Agel, por acaso conhece a DSA (Direct Sales Association) nos EUA? Andei à procura na net mas não encontrei nada equivalente em Portugal. Para se ser membro da DSA, é necessário fazer uma pré-inscrição e esperar um ano até ser considerado efectivo. Neste período, a DSA verifica se a empresa cumpre todos os requisitos. Apesar de só existir há cerca de 2 anos, a Agel já é membro de facto da DSA.
Na lista de empresas encontramos lá nomes já nossos conhecidos, como a Avon, a Amway, Herbalife, Nuskin, Quixtar, Tristar, Tupperware, para citar apenas os que conheço, já que nunca me interessei por isso. Entre as mais de 200 empresas, há muitas na área dos Suplementos Nutricionais."

>>>> UI... se mete essa entidade ao barulho, começo já tremer de medo!
E só de olhar para a lista que menciona de entidades inscritas fico logo elucidado sobre o real valor dessa entidade (Amway???? Mas esses tipo não tiverem um problema ENORME quando tentaram lançar em esquema piramidal, que correu bem durante uns anos e depois, quando houve a saturação, afundou-se mais rápido que um calhau no Oceano? Pois... enfim...)
Não é por nada, mas essa entidade cheira-me a LOBBY organizado por tudo quanto é lado, e ainda por cima olhe não sou o única a ter essa opinião.
Dê-me uma entidade reconhecida cá Portugal que é para podemos falar em moldes de isenção e credibilidade.

"“Pyramid schemes seek to make money from you (and quickly). Multilevel marketing companies seek to make money with you as you build your business (and theirs) selling consumer products.”
Dá para perceber a diferença entre “make money from you” e “make money with you”? Quem não perceber, então é melhor esquecer mesmo."

Eu percebo. E o Sr. será que percebe também?
Olhe para a estatística dos 90%-10% antes de se pronunciar sobre o "“make money with you”.
Eu sei que há pessoal a ganhar dinheiro com a AGEL. É óbvio que alguém tem sempre de ganhar dinheiro - os do topo da pirâmide. O pior são os outros todos que pertencem ao grupo do "“make money from you”. Abra os olhos, Sr. António. Só não vê essa realidade quem não quer. Ou quem não lhe convém.


"Já li todas as mensagens que tem no Blogue, mas continuo a pensar que não tem nada a ver com concorrência desleal. Primeiro porque o produto não tem um concorrente directo (que eu saiba)."

>>> Algumas gamas de Gel têm concorrentes directos. Vá a uma loja de produto dietéticos e compare a lista de ingredientes. Até lhe faço uma outra sugestão: pegue numa simples embalagem de Ovomaltine e compare com o suplemento vitamínico da Agel (não sei qual deles é neste momento) - coisa curiosa, há semelhanças de montra!
Mas se quiser que lhe diga já de caras onde é que vai haver mais concorrência desleal, vai ser na cosmética, a lançar no ano que vem pela AGEL: todos esses produtos vão tirar vendas a produtos de marcas como a Nívea, a Avon, etc. inclusive à Herbalife (que engtaçado não é?)

"Depois, porque há muitos outros produtos de cariz diferente dos da Agel e que continuam a ter mercado nas lojas tradicionais. Finalmente, porque vai haver muita gente que não quer saber da Agel para nada e assim irá recorrer às lojas. Já agora, também diziam que os Hipermercados iam acabar com o Comércio Tradicional, mas ele continua, possivelmente não dá é os lucros que dava, é a evolução."

>>> O Sr. chama-lhe a evolução, eu chamo-lhe a ilegalidade: é vender em pirâmide.
Há basicamente duas formas legais, duas estratégias, de um produto ganhar quota de mercado aos concorrentes: 1) Por diferênciação - quando tem atributos suficiente para ser melhor do que a concorrência, 2) Por custos - quando é mais barato que a concorrência. Isto num mercado livre, em que o consumidor opta por uma compra.
O que a Agel está a fazer é o 3) - Oferece promessas de dinheiro às pessoas para que estas comprem o produto. E as pessoas vão atrás. Algumas compram para receberem as comissões (uma pequena minoria), outra compram porque esperam vir a receber comissões (a grande maioria). E desta forma, uma vez que compram o produto da Agel, não necessitam de comprar os que são comercializados pelas empresas honestas, os que há à venda nas lojas. Percebeu onde está a concorrência desleal?

"Simples, caro Pedro, é que nem a própria Agel esperava o sucesso que está a ter no nosso mercado. Mas penso que isso está em andamento e até já existem dois folhetos em português, um sobre os produtos e outro sobre o plano de compensação."

>>> Errado. Essa é a desculpa do ceguinho. Nem a própria Agel esperava esta expansão? Mas que raio de desculpa é essa? O que tem isso a ver com a etiquetagem dos produtos? Não vejo, de facto relação nenhuma. Com ou sem boas previsões de expansão, há-que haber rótulos em português se o produto é para comercialização no nosso mercado. E claro que já "existem dois folhetos em português, um sobre os produtos e outro sobre o plano de compensação", é nisso que se baseiam os lucros da AGEL. Mas quanto a informações sobre a composição dos produtos - que é de facto o mais importante para o CONSUMIDR, NADA, ZERO, NÉPIAS.


"O MLM é um negócio muito recente, mas perfeitamente legítimo. Pode haver quem não concorde com ele, naturalmente que aceito isso, mas não acredito que seja por ser MAU ou ERRADO, é antes o receio do desconhecido que nos leva a rejeitar aquilo que não conhecemos."

>>> O MLM NÃO é um negócio recente, embora seja legítimo, mas não nos vamos confundir, nem tentar confundir outras pessoas, com a ideia de que a AGEL é apenas mais uma MLM. O esquema da AGEL é uma pirâmide - uma forma muito "feia" de abuso do MLM.
Eu não rejeito aquilo que não conheço. Mas já rejeito aquilo que considero MAU e ERRADO, mesmo que estes conceitos já andem a ser aplicados ao acto de "roubar" desde os primórdios da humanidade.


"Mas se me vem falar em justeza e distribuição de riqueza, o que dizer de todas as empresas e entidades que vivem à nossa custa na sociedade? Desde a loja da esquina ao Governo, passando pelos bancos, seguradoras, empresas de fornecimento de bens essenciais, restaurantes, etc., etc. Não funciona tudo na mesma base, em que meia dúzia (os gestores) recebem o grosso do bolo? Ok, já sei, mas isso é tudo legal, já existe há muito tempo, sempre foi assim, é o nosso quotidiano."

>>> O Sr.continua a fazer comparações descabidas sobre a distribuição da riqueza. Olhe, veja de percebe DE UMA VEZ POR TODAS:
Nas empresa que o Sr. dá como exemplo HÁ UMA DISTRIBUIÇÃO EFECTIVA DE RIQUEZA - toda a gente tem um salário, e embora seja desnivelado, em alguns casos até bastante desnivelado, está de acordo com um certo conceito de justo, porque tem a ver com RESPONSABILIDADE - quem está nos cargos mais altos, ganha mais. Não vejo nada de errado com isto.
Na AGEL, pelo contrário, NÃO HÁ UMA DISTRIBUIÇÃO EFECTIVA DE RIQUEZA. Há uns pouco que ganham dinheiro E OS OUTROS TODOS GASTAM DINHEIRO.

É assim tão difícil de reparar nesta diferença? Como pode o Sr. comparar estas situações e ainda vir dizer que o que lhe irrita é esta sociedade injusta?



"---“…PARA RECEBEREM COMISSÕES, os vendedores dessa empresa não têm de comprar nada à empresa.”---
Pois não, mas têm produtos à borla ou muito mais baratos e eu tenho de os comprar no supermercado. Na prática, vai dar no mesmo."

>>> De facto, e na prática, essa diferença diz tudo. Essa diferença, essa hipótese de escolha por parte de quem recebe as comissões, diferencia um negócio legal de um esquema ilegal. É isso que diz a Lei portuguesa. É isso que ainda vou tentar explicar num futuro post.


"Segundo entendo da sua frase, é honesto eu enriquecer pessoas de outras empresas, mas é desonesto enriquecer pessoas da minha empresa, é isso?"

>>> Não distorça as minha palavras, por favor. Não tente atribuir outros significados àquilo que eu disse. O que é desonesto é oferecer dinheiro a pessoas em troca do aliciamento que elas façam a terceiros para que comprem determinados produtos, e depois vincar essa oferta com vendas à mesma empresa. (está confuso, já sei. mais tarde explico melhor).


"Se reparou, eu coloquei o termo “recrutar” entre comas. Isso aplica-se não só a quem entra na rede mas também a quem apenas compra. Qualquer cliente não deixa de ter um processo de “recrutamento” por trás, seja através de publicidade, de informações de outrem, seja através de demonstrações ou provas, por exemplo, como acontece nos supermercados. "

>>> Mentira. Quando eu estou a fazer uma compra normal, nunca estou a ser recrutado para nada, com ou sem aspas ou comas.
Quando eu entro no negócio da Agel, como TEAM MEMBER, assino um contrato - estou a ser recrutado. Há uma diferença claríssima. Se não a consegue ver sozinho, também não sou eu que lhe vou consguir explicar.


Para terminar, creio que não chegou a responder à minha questão da ASAE. Sabe ao certo de os produtos da AGEL foram apresentados a essa entidade? ou contaram-lhe?
Tem provas da documentação envolvida (estou muito curioso)? Acha que é essa a entidade que regula os produtos da AGEL no mercado português?

Cumprimentos,

Pedro Menard

Pedro Menard disse...

Ao anónimo,

"Então e se eu resolver entrar para a pirâmide apenas para consumir? Ou seja se eu entrar apenas porque gosto do produto e não meto ninguem abaixo de mim. O que está acima de mim so vai ganhar da perna q tem menos, ou seja de mim. Esse acaba por sair e a pirâmide vai desabando sucessivamente nao?"

>>>> Pelo que vejo das suas pergutas, o Sr. está um pouco desinformado sobre o funcionamento do esquema da AGEL.
1) Se a sua intenção for apenas a de consumir o produto, então o Sr. não entra para a pirâmide. O Sr. fala com quem lhe propôs o negócio e passa a "cliente preferencial" - passa a comprar o produto directamente à AGEL e não assina nenhum contrato ou tem direito a qualquer tipo de compensações.
2) Se a sua intenção for sabotar o esquema da pirâmide através da "não recruta" de mais ninguém, então não o consegue fazer do modo que propôs, porque a pessoa que está acima de si, aliás, todas as pessoas que estão acima de si, podem colocar mais membros em qualquer perna - logo, directamente por baixo de si. Por outras palavras, o Sr. não consegue travar o crescimento das pernas a ninguém por inactividade.

Espero ter esclarecido as suas dúvidas.

Cumprimentos,

Pedro

Pedro Menard disse...

Sr. António,

O Sr. tem sido uma pessoa educada e prestável, e tem proporcionado uma discussão maioritariamente sustentada. Com isto tudo tem ganho o meu respeito (embora por vezes eu tenha tendência para responder torto e feio).

Só lhe peço para continuar a ler o blog.

Quem sabe se um de nós, um destes dias, não muda de ideia.

Em relação à sua história, ela deixa uma possibilidade no ar. Mas agregada a essa possibilidade, há uma probabilidade. As contas que fiz e mensagens anteriores espelham, melhor que qualquer outro argumento, as taxas de probabilidade de que estou a falar.

Cumprimentos,

Pedro

Anónimo disse...

Sr. Campos,

Antes de tudo, espero que compreenda que não me irei referir a nenhuma empresa em especial, mas sim, à forma das pessoas estarem na vida.

É completamente pacifico o seu argumento. As pessoas querem melhores condições de vida para puderem usufruir do que de bom a vida tem. Ninguém, acho eu , coloca isso em causa...

O que se coloca em causa, nomeadamente, por mim, é.

Não acho que alguém tenha o direito de prejudicar ainda mais as vidas alheias. Passo a explicar.

Acha que eu tenho o direito de prejudicar essa família, que a muito custo luta todos os dias para sobreviver?

Eu não acho, é por isso que defendo a minha posição.

Acho legitimo, as pessoas procurarem cada vez mais, melhores condições de vida, para satisfazer necessidades básicas. Completamente legitimo. Mas quem é que pode dizer que tem dinheiro que chegue? O Sr.? Eu? Acho que não, acho que o dinheiro faz falta e sempre fará. Mesmo os mais ricos, para puderem ter o nível de vida que conseguiram, precisam de muito dinheiro para o manter. Julgo que a minha opinião é pacifica.

As pessoas devem, em vez de se meterem em esquemas fáceis, que facilmente dão para o torto. As probabilidades mostram que 80% a 90% das pessoas que se metem num esquema destes, vão suportar os rendimentos das pessoas acima na rede. As pessoas devem é tentar materializar ideias, analisar bem e iniciar um negócio que lhes melhore as suas condições de vida.
Ao contrário, se calhar da opinião de muitas pessoas, que poderão ler esta mensagem eu acredito que todos os dias há oportunidades, temos é de ter visão para isso e sorte. Sorte é quando a persistência se alia à oportunidade. Só temos de ir lutando.

Como alguém diria "Fácil é dar conselhos". Eu não pretendo dar conselhos a ninguém, só pretendo é que as pessoas analisem muito bem, os contornos daquilo que se estão a meter, para não complicarem ainda mais as suas condições de vida, seja a nível económico, seja a nível de relações.

Relembro, que não me estou a referir a ninguém em especial, mas sim a uma filosofia de vida.

Cumprimentos.