Bruno Grilo, o Double Diamond Director Agel português, a pessoa que alegadamente mais dinheiro ganha com a exploração do negócio cá em Portugal, publicou recentemente no seu blog uma opinião sobre a legalidade do sistema de distribuição "directa" de produtos na rede.
Como não é todos os dias que isto acontece (e ainda estou positivamente estupefacto que tenha acontecido), o dito texto merece, de minha parte, uma atenção especial.
Eis o conteúdo do post:
«Quem me conhece sabe que não perco tempo a justificar ou comentar o que não necessita de justificação ou comentários. Quem me conhece sabe que estou sim em constante ACTIVIDADE POSITIVA para atingir os meus objectivos pessoais e da equipa, quer ao nível de bem-estar, desenvolvimento pessoal e independência financeira. Na vida, defendo de forma humilde que quem se dedica ao que acredita gera riqueza e conforto, e quem dedica o seu tempo ao que não acredita gera angústia e desconforto.
No entanto, vou dedicar alguns minutos sobre a total legalidade da distribuição MLM que a Agel escolheu para fornecer os seus fantásticos produtos ao consumidor.
"Todas as comissões têm por base o volume de vendas de produtos (directa ou indirecta) efectuados pelos membros de equipa, embora com diferentes métodos de cálculo dependentes do tipo de comissão ou bónus. Um membro de equipa não tem direito a um bónus ou comissão pelo mero patrocínio ou angariação de um novo membro de equipa. Desta forma a distribuição Agel EM NADA viola o Decreto-Lei n.º57/2008 de 26 de Março, que procedeu à transposição da Directiva n.º2005/29/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de Maio."»
Como não é todos os dias que isto acontece (e ainda estou positivamente estupefacto que tenha acontecido), o dito texto merece, de minha parte, uma atenção especial.
Eis o conteúdo do post:
«Quem me conhece sabe que não perco tempo a justificar ou comentar o que não necessita de justificação ou comentários. Quem me conhece sabe que estou sim em constante ACTIVIDADE POSITIVA para atingir os meus objectivos pessoais e da equipa, quer ao nível de bem-estar, desenvolvimento pessoal e independência financeira. Na vida, defendo de forma humilde que quem se dedica ao que acredita gera riqueza e conforto, e quem dedica o seu tempo ao que não acredita gera angústia e desconforto.
No entanto, vou dedicar alguns minutos sobre a total legalidade da distribuição MLM que a Agel escolheu para fornecer os seus fantásticos produtos ao consumidor.
"Todas as comissões têm por base o volume de vendas de produtos (directa ou indirecta) efectuados pelos membros de equipa, embora com diferentes métodos de cálculo dependentes do tipo de comissão ou bónus. Um membro de equipa não tem direito a um bónus ou comissão pelo mero patrocínio ou angariação de um novo membro de equipa. Desta forma a distribuição Agel EM NADA viola o Decreto-Lei n.º57/2008 de 26 de Março, que procedeu à transposição da Directiva n.º2005/29/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de Maio."»
Divido esta mensagem em duas partes.
Temos um primeiro parágrafo apostado em distanciar-se de um assunto que pelos vistos não merece sequer que lhe seja dado qualquer atenção, porque alegadamente não há nada para justificar ou comentar - e que é, à falta de palavras específicas, a mais que certa legalidade operacional da Agel. Surpreende-me que Grilo, depois das respostas da ASAE e da DECO sobre o negócio da Agel, e que eu sei que ele leu, considere que o assunto não mereça sequer ser discutido. Por outro lado, não me surpreende nada. O melhor que a Agel tem a fazer neste momento, e uma vez que os comunicados não são oficiais (são meras respostas a cartas minhas), é manter o "low profile", não aludir directa ou indirectamente ao sucedido, enfiar as mãos nos bolsos, assobiar para o ar, e fingir que não se passa nada. Business as usual. Institucionalmente falando, e na minha opinião, esta atitude de ignorar opiniões contrárias, ainda por cima fundamentadas com textos escritos por instituições creditadas, é um tremendo erro. Interessaria esclarecer de modo claro e inequívoco todos o membros da rede acerca do que se está a passar. Não é com silêncio ou com evasivas constantes que se firma uma posição relativa a um assunto tão delicado e importante (a ponto de poder determinar a continuação ou o fecho da actividade da empresa cá em Portugal).
Neste primeiro parágrafo, temos ainda uma tentativa em desviar as atenções para uma outra vertente que não tem a ver com aspectos legais: a atitude de encarar a vida de forma positiva, em lutar pelo constante desenvolvimento pessoal em termos de bem estar físico e financeiro. Não tenho nada contra estes princípios orientadores. Tenho é contra a ideia de tentar justificar a legalidade de um negócio através dos mesmos. Para mim é coisa clara que todo e qualquer negócio, quer legal quer ilegal, beneficiará sempre da atitude positiva dos seus promotores. Parece-me, de resto, óbvio. Ninguém atinge o sucesso baseando-se em princípios orientadores derrotistas à partida.
Temos um primeiro parágrafo apostado em distanciar-se de um assunto que pelos vistos não merece sequer que lhe seja dado qualquer atenção, porque alegadamente não há nada para justificar ou comentar - e que é, à falta de palavras específicas, a mais que certa legalidade operacional da Agel. Surpreende-me que Grilo, depois das respostas da ASAE e da DECO sobre o negócio da Agel, e que eu sei que ele leu, considere que o assunto não mereça sequer ser discutido. Por outro lado, não me surpreende nada. O melhor que a Agel tem a fazer neste momento, e uma vez que os comunicados não são oficiais (são meras respostas a cartas minhas), é manter o "low profile", não aludir directa ou indirectamente ao sucedido, enfiar as mãos nos bolsos, assobiar para o ar, e fingir que não se passa nada. Business as usual. Institucionalmente falando, e na minha opinião, esta atitude de ignorar opiniões contrárias, ainda por cima fundamentadas com textos escritos por instituições creditadas, é um tremendo erro. Interessaria esclarecer de modo claro e inequívoco todos o membros da rede acerca do que se está a passar. Não é com silêncio ou com evasivas constantes que se firma uma posição relativa a um assunto tão delicado e importante (a ponto de poder determinar a continuação ou o fecho da actividade da empresa cá em Portugal).
Neste primeiro parágrafo, temos ainda uma tentativa em desviar as atenções para uma outra vertente que não tem a ver com aspectos legais: a atitude de encarar a vida de forma positiva, em lutar pelo constante desenvolvimento pessoal em termos de bem estar físico e financeiro. Não tenho nada contra estes princípios orientadores. Tenho é contra a ideia de tentar justificar a legalidade de um negócio através dos mesmos. Para mim é coisa clara que todo e qualquer negócio, quer legal quer ilegal, beneficiará sempre da atitude positiva dos seus promotores. Parece-me, de resto, óbvio. Ninguém atinge o sucesso baseando-se em princípios orientadores derrotistas à partida.
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Na segunda metade da mensagem está aquilo que verdadeiramente interessa. O sumo. Preto no branco e sem desvios à norma. Justificações e argumentos para certificar a legalidade da Agel face à lei portuguesa. Poucos, mas concretos. Passo a comentar.
"Todas as comissões têm por base o volume de vendas de produtos (directa ou indirecta) efectuados pelos membros de equipa, embora com diferentes métodos de cálculo dependentes do tipo de comissão ou bónus."
Esta afirmação é falaciosa. Até parece que andamos todos a brincar ao jogo do finge-finge. Se todos fingirmos ao mesmo tempo, a coisa passa por verdade. Pode até acontecer que ao final de um tempo a gente acabe mesmo por acreditar que é verdade.
A realidade é "ligeiramente" diferente daquilo que Grilo afirma, e passo a esclarecer: quase todas as comissões têm por base o volume de vendas de produtos (directas ou indirectas) efectuadas pela Agel aos membros da equipa (por outras palavras, o volume de compras efectuadas pela equipa), embora com diferentes métodos de cálculo dependentes do tipo de comissões. (as excepções são: as vendas a retalho -que devem andar perto do zero absoluto -, e o bónus pago a todos os executivos decorrente dos resultados mensais da empresa).
Na Agel, os membros não vendem nada a ninguém (pelo menos a grande maioria de inscritos não vende). As comissões são calculadas face às compras que o downline faz à Agel. É pura hipocrisia chamar a estas compras "vendas que os membros fazem".
Em todo o caso, e considerando a perspectiva de Grilo, à mesma estaríamos em situação irregular, uma vez que a base de movimentação e escoamento da produção é para dentro da rede - algo inequivocamente relacionado com o conceito de Vendas em Pirâmide (vai-se sempre vendendo de uns para os outros - ou fazendo-os encomendar à companhia, com se de "clientes preferênciais" se tratassem -, hierarquia abaixo, sendo que os novos membros compram sempre a maior parte da produção quando entram no esquema).
"Todas as comissões têm por base o volume de vendas de produtos (directa ou indirecta) efectuados pelos membros de equipa, embora com diferentes métodos de cálculo dependentes do tipo de comissão ou bónus."
Esta afirmação é falaciosa. Até parece que andamos todos a brincar ao jogo do finge-finge. Se todos fingirmos ao mesmo tempo, a coisa passa por verdade. Pode até acontecer que ao final de um tempo a gente acabe mesmo por acreditar que é verdade.
A realidade é "ligeiramente" diferente daquilo que Grilo afirma, e passo a esclarecer: quase todas as comissões têm por base o volume de vendas de produtos (directas ou indirectas) efectuadas pela Agel aos membros da equipa (por outras palavras, o volume de compras efectuadas pela equipa), embora com diferentes métodos de cálculo dependentes do tipo de comissões. (as excepções são: as vendas a retalho -que devem andar perto do zero absoluto -, e o bónus pago a todos os executivos decorrente dos resultados mensais da empresa).
Na Agel, os membros não vendem nada a ninguém (pelo menos a grande maioria de inscritos não vende). As comissões são calculadas face às compras que o downline faz à Agel. É pura hipocrisia chamar a estas compras "vendas que os membros fazem".
Em todo o caso, e considerando a perspectiva de Grilo, à mesma estaríamos em situação irregular, uma vez que a base de movimentação e escoamento da produção é para dentro da rede - algo inequivocamente relacionado com o conceito de Vendas em Pirâmide (vai-se sempre vendendo de uns para os outros - ou fazendo-os encomendar à companhia, com se de "clientes preferênciais" se tratassem -, hierarquia abaixo, sendo que os novos membros compram sempre a maior parte da produção quando entram no esquema).
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"Um membro de equipa não tem direito a um bónus ou comissão pelo mero patrocínio ou angariação de um novo membro de equipa."
Outra afirmação, e já são duas, que é falaciosa. Se conhecermos bem as tácticas para desviar o foco do recrutamento que Grilo utiliza nas suas explicações, ficamos a entender porque é que ele produz este tipo de argumento. Segundo Grilo, as comissões ou bónus de "início rápido" são ganhos resultantes de uma primeira venda de produtos aos novos membros. Coisa que aliás está em conformidade com a argumentação anterior (de que todas as comissões na Agel são resultado das vendas de produtos pelos membros). O problema é que: a) a inscrição de um membro na rede e b) a encomenda de uma primeira quantidade de produtos (quer seja no plano básico, com 4 caixas de produtos, quer seja no plano executivo, com 16 caixas de produtos), são actos indissociáveis. Ninguém pode entrar para a Agel sem fazer esta primeira encomenda mínima (temos até ao final do mês seguinte à data de inscrição para formalizarmos a encomenda, senão a candidatura não é aceite). Nunca pode haver a) sem b). Isto leva-nos à inevitável conclusão de que Grilo se está a aproveitar da simples manipulação de palavras para justificar o bónus. Dizer que o bónus de "início rápido" é resultado de "comissões sobre uma primeira venda" (como faz Grilo), ou que é resultado da angariação de um novo recruta (como Grilo nega) é uma e a mesma coisa. PORQUE SÃO ACTOS INDISSOCIÁVEIS.
Outra afirmação, e já são duas, que é falaciosa. Se conhecermos bem as tácticas para desviar o foco do recrutamento que Grilo utiliza nas suas explicações, ficamos a entender porque é que ele produz este tipo de argumento. Segundo Grilo, as comissões ou bónus de "início rápido" são ganhos resultantes de uma primeira venda de produtos aos novos membros. Coisa que aliás está em conformidade com a argumentação anterior (de que todas as comissões na Agel são resultado das vendas de produtos pelos membros). O problema é que: a) a inscrição de um membro na rede e b) a encomenda de uma primeira quantidade de produtos (quer seja no plano básico, com 4 caixas de produtos, quer seja no plano executivo, com 16 caixas de produtos), são actos indissociáveis. Ninguém pode entrar para a Agel sem fazer esta primeira encomenda mínima (temos até ao final do mês seguinte à data de inscrição para formalizarmos a encomenda, senão a candidatura não é aceite). Nunca pode haver a) sem b). Isto leva-nos à inevitável conclusão de que Grilo se está a aproveitar da simples manipulação de palavras para justificar o bónus. Dizer que o bónus de "início rápido" é resultado de "comissões sobre uma primeira venda" (como faz Grilo), ou que é resultado da angariação de um novo recruta (como Grilo nega) é uma e a mesma coisa. PORQUE SÃO ACTOS INDISSOCIÁVEIS.
Frequentemente encontramos propaganda ao negócio da Agel que menciona a possibilidade de "recuperamos o investimento inicial através do patrocínio de X membros".
Só para aconchegar melhor o assunto, eis de novo (pela sexagésima quinta vez neste blog), o texto que alude aos esquemas em pirâmide, no Decreto-lei 57/2008:
"Práticas consideradas desleais em qualquer circunstância:
r) Criar, explorar ou promover um sistema de promoção em pirâmide em que o consumidor dá a sua própria contribuição em troca da possibilidade de receber uma contrapartida que decorra essencialmente da entrada de outros consumidores no sistema."
Façam o favor de ler bem a parte que eu coloquei a bold, e depois comparem-na com a frase de Grilo:
"Um membro de equipa não tem direito a um bónus ou comissão pelo mero patrocínio ou angariação de um novo membro de equipa"
Grilo fala de um bónus ou comissão pelo mero patrocínio ou angariação de um novo membro. Contudo, a lei é muito mais abrangente que isto. A lei não especifica se é apenas pelo "mero patrocínio". A lei fala em "entrada de outros consumidores no sistema".
O facto é que a entrada de um novo membro/consumidor na Agel origina uma contrapartida directa a quem o recrutou, independentemente das palavras usadas para nos referirmos a essa contrapartida e independentemente de essa contrapartida decorrer de compras (ou do que quer que seja) que esse novo membro efectue.
Gostava de ver alguém da Agel a contrariar este facto. A sério que gostava.
Só para aconchegar melhor o assunto, eis de novo (pela sexagésima quinta vez neste blog), o texto que alude aos esquemas em pirâmide, no Decreto-lei 57/2008:
"Práticas consideradas desleais em qualquer circunstância:
r) Criar, explorar ou promover um sistema de promoção em pirâmide em que o consumidor dá a sua própria contribuição em troca da possibilidade de receber uma contrapartida que decorra essencialmente da entrada de outros consumidores no sistema."
Façam o favor de ler bem a parte que eu coloquei a bold, e depois comparem-na com a frase de Grilo:
"Um membro de equipa não tem direito a um bónus ou comissão pelo mero patrocínio ou angariação de um novo membro de equipa"
Grilo fala de um bónus ou comissão pelo mero patrocínio ou angariação de um novo membro. Contudo, a lei é muito mais abrangente que isto. A lei não especifica se é apenas pelo "mero patrocínio". A lei fala em "entrada de outros consumidores no sistema".
O facto é que a entrada de um novo membro/consumidor na Agel origina uma contrapartida directa a quem o recrutou, independentemente das palavras usadas para nos referirmos a essa contrapartida e independentemente de essa contrapartida decorrer de compras (ou do que quer que seja) que esse novo membro efectue.
Gostava de ver alguém da Agel a contrariar este facto. A sério que gostava.
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Desta forma a distribuição Agel EM NADA viola o Decreto-Lei n.º57/2008 de 26 de Março, que procedeu à transposição da Directiva n.º2005/29/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de Maio."
Para terminar o raciocínio, Grilo conclui que "desta forma", devido às duas premissas argumentativas anteriormente enunciadas, a Agel não está a ofender o Decreto-lei 57/2008. Se essas premissas fossem verdadeiras, e sobretudo se fossem utilizadas de forma correcta, inequívoca, sem tentativas de esconder a realidade, eu seria o primeiro a concordar com ele.
Se: a) as comissões dos membros da Agel fossem todas calculadas sobre o volume de vendas reais que a equipa efectuou, a retalho ou para "clientes preferênciais" (em contrapartida ao sistema actual: premiar as compras feitas pela própria equipa); b) não houvesse qualquer tipo de bónus decorrente do recrutamento ou das compras efectuadas pelos novos membros aquando da sua adesão, eu seria o primeiro a concluir que as afirmações de Grilo correspondiam à verdade.
A premissa verdadeira no meio disto tudo, a que não é mencionada por Grilo mas que toda a gente sabe que é real, é a de que, para sermos bem sucedido na rede Agel, temos de angariar pessoas e incentivar os outros também a angariar. Temos de criar uma grande rede de compradores por baixo de nós na rede, por forma a gerarem dividendos. É dessa forma que o negócio funciona. Em suma, o nosso trabalho na Agel estará sempre orientado exclusivamente para o recrutamento de novos consumidores (em alternativa à venda efectiva de produtos para consumidores). É essa também a principal diferença entre Vendas em Pirâmide (sempre para dentro da rede) e Vendas Directas (sempre servindo de intermediário para o consumidor final). Em qualquer um destes sistemas, é natural que exista o consumo de produtos por parte dos aderentes.
Grilo não faz, por outro lado, qualquer referência ao Decreto-lei 143/2001. Será que se esqueceu desse "pormenor"? Ou será que "não vale a pena perder tempo a falar de assuntos que não necessitam de justificação ou comentário", como por exemplo as opiniões da ASAE e da DECO?
Por último, não quero deixar passar despercebidas as aspas utilizada por Grilo na sua avaliação legal ao modelo. Levam a crer que aquelas palavras não são dele. Na verdade, não são mesmo dele. São de Randy Gage, tal como proferidas num famoso vídeo de explicação do plano de compensações. Grilo, nos preciosos minutos que perdeu para dedicar a este assunto, não fez mais do que servir-se das palavras de outrem. Bravo.
Para terminar o raciocínio, Grilo conclui que "desta forma", devido às duas premissas argumentativas anteriormente enunciadas, a Agel não está a ofender o Decreto-lei 57/2008. Se essas premissas fossem verdadeiras, e sobretudo se fossem utilizadas de forma correcta, inequívoca, sem tentativas de esconder a realidade, eu seria o primeiro a concordar com ele.
Se: a) as comissões dos membros da Agel fossem todas calculadas sobre o volume de vendas reais que a equipa efectuou, a retalho ou para "clientes preferênciais" (em contrapartida ao sistema actual: premiar as compras feitas pela própria equipa); b) não houvesse qualquer tipo de bónus decorrente do recrutamento ou das compras efectuadas pelos novos membros aquando da sua adesão, eu seria o primeiro a concluir que as afirmações de Grilo correspondiam à verdade.
A premissa verdadeira no meio disto tudo, a que não é mencionada por Grilo mas que toda a gente sabe que é real, é a de que, para sermos bem sucedido na rede Agel, temos de angariar pessoas e incentivar os outros também a angariar. Temos de criar uma grande rede de compradores por baixo de nós na rede, por forma a gerarem dividendos. É dessa forma que o negócio funciona. Em suma, o nosso trabalho na Agel estará sempre orientado exclusivamente para o recrutamento de novos consumidores (em alternativa à venda efectiva de produtos para consumidores). É essa também a principal diferença entre Vendas em Pirâmide (sempre para dentro da rede) e Vendas Directas (sempre servindo de intermediário para o consumidor final). Em qualquer um destes sistemas, é natural que exista o consumo de produtos por parte dos aderentes.
Grilo não faz, por outro lado, qualquer referência ao Decreto-lei 143/2001. Será que se esqueceu desse "pormenor"? Ou será que "não vale a pena perder tempo a falar de assuntos que não necessitam de justificação ou comentário", como por exemplo as opiniões da ASAE e da DECO?
Por último, não quero deixar passar despercebidas as aspas utilizada por Grilo na sua avaliação legal ao modelo. Levam a crer que aquelas palavras não são dele. Na verdade, não são mesmo dele. São de Randy Gage, tal como proferidas num famoso vídeo de explicação do plano de compensações. Grilo, nos preciosos minutos que perdeu para dedicar a este assunto, não fez mais do que servir-se das palavras de outrem. Bravo.
12 comentários:
Olá Pedro!
Já que fala assim da Agel,
gostaria de saber o seu comentário sobre empresas como HerbaLife ou outras mais antigas que tem como lema a venda directa de produtos e que existem à cerca de 15, 20 anos em Portugal. A ASAE e a DECO não fazem nada???
Olá, Celso.
Não tenho uma opinião formada sobre a actividade dessas empresa cá em Portugal. Desconheço, quase na sua totalidade, os modelos de negócio que estão em uso. Seria injusto de minha parte criticar sistemas acerca dos quais tenho pouca ou nenhuma informação.
Já a nível internacional, queira por favor consultar os sites que tenho nos links d lado direito. O "mlm-thetruth" e o "Pyramid Scheme Alert" são os mais fundamentados e completos sobre o assunto. A minha tendência é acreditar maioritariamente nas palavras neles proferidas. Não posso resumir tudo aquilo que lá é dito em poucas palavras e de forma rápida, mas creio que a Herbalife, a Amway, e outras que tais, são severamente criticadas por operarm esquemas fraudulentos ao abrigo da lei.
Queira também consultar o site da "Industria da Decepção?", o local onde por vezes falo sobre essas outras MLM's.
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Quanto à ASAE e à DECO, não sei.
Cumprimentos.
Onde posso encontrar as opiniões da DECO E da ASAE?
Você é que fala tanto destas duas entidades e agora responde, simplesmente, não sei.
Alguém chegado a si, lhe tentou apresentar a Agel? Foi assim que teve todos estes dados, ou foi por iniciativa própria? É que realmente acho você uma pessoa ideal para entrar neste negócio, com tempo, dedicação e empenho. Pense nisso!
Acho muito estranho não saber nada acerca da herbalife ou da amway, são empresas já com largos anos de existencia, custa-me a acreditar, dedicou tanto tempo a investigação a este tipo de empresas e depois não sabe nada sobre a herbalife. É no minimo duvidoso, voce no meu entender pertence á herbalife e está a tentar denegrir a imagem da agel, porque a agel é uma forte concorrente da herbalife e ainda agora entrou no mercado.
Por favor agradecia que respondesse com sinceridade.
cumps.
Caro Celso,
"Onde posso encontrar as opiniões da DECO E da ASAE?
Você é que fala tanto destas duas entidades e agora responde, simplesmente, não sei."
>>> Coisas diferentes. QUANDO EU DIGO "NÃO SEI", é a propósito das opiniões da DECO e ASAE a respeito da Herbalife! Quanto às opiniões a respeito da AGEL, consulte, neste blog, o mês de Março/2008.
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"Alguém chegado a si, lhe tentou apresentar a Agel? Foi assim que teve todos estes dados, ou foi por iniciativa própria? "
> Leia a minha mensagem "Ensaio sobre a Cegueira". Estão lá as respostas a essas questões.
"É que realmente acho você uma pessoa ideal para entrar neste negócio, com tempo, dedicação e empenho. Pense nisso!"
>>> Já pensei. Basicamente, seria renunciar a tudo aquilo em que acredito em troca de poder ganhar dinheiro. Seria como fechar a porta na cara à minha própria consciência tranquila. Bem pesados os lados da balança, há um que pesa muito mais que o outro.
Cumprimentos.
Caro Pedro C,
"Acho muito estranho não saber nada acerca da herbalife ou da amway, são empresas já com largos anos de existencia, custa-me a acreditar, dedicou tanto tempo a investigação a este tipo de empresas e depois não sabe nada sobre a herbalife."
>>> Muito bem. São dúvidas legítimas.
Eu fui abordado pela Agel, apresentaram-me o plano de negócio, fui a várias reuniões, incluindo dois ABB's, estudei a fundo o plano de compensações e o contrato e tudo aquilo que encontrei na NET. Conheço bastante bem a Agel (embora ainda não totalmente).
Quanto à Herbalife e à Amway, nunca fui abordado por ninguém, não fui a nenhuma reunião, não conheço os produtos nem os planos de compensação e não faço ideia como as redes funcionam cá em Portugal.
Todos os meus conhecimentos acerca dessas empresas são baseados em factos passados no estrangeiro.
Seria injusto começar a espingardar com elas cá em Portugal sem estar na posse de certas informações. Ou não concorda?
Se o panorama for semelhante àquilo que se passa pelo mundo fora, então essas duas empresas funcionam em pirâmide também cá em Portugal, o que, em todo o caso, não seria de estranhar. Agora imagine que de facto estas redes incentivam e garantem as VENDAS efectivas de grande parte da produção para FORA da rede? Como iriam os meus argumentos fazer sentido?
Portanto, PARA JÁ, reservo-me ao direito de não acusar essas empresas cá em Portugal.
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"É no minimo duvidoso, voce no meu entender pertence á herbalife e está a tentar denegrir a imagem da agel, porque a agel é uma forte concorrente da herbalife e ainda agora entrou no mercado."
>>> Eu não faço parte da Herbalife ou de qualquer outra empresa de MLM ou Vendas Directas.
Eu não "ando a denegrir" coisa nenhuma. Tudo aquilo que eu exponho está devidamente fundamentado. São opiniões baseadas em factos concretos. Até agora, e desde que o blog foi lançado, não houve uma resposta forte o suficiente para contra-argumentar as minhas opiniões.
Concordo consigo: de facto, a Agel é uma ameaça à Herbalife.
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"Por favor agradecia que respondesse com sinceridade."
>>> Meu caro, já sei que não vai acreditar em mim, mas tudo o que digo é sincero (até quando assumo os erros que cometo...).
Cumprimentos.
Admiro pessoas com valores e com força de caracter suficiente para se manter fiel aos mesmos.
Este tipo de pessoas são cada vez mais raras, daí o motivo do para as admirar, até porque as tentações para resignar aos mesmos proliferam.
Despreso a busca pelo enriquecimento fácil, aliás por quase tudo o que é demasiado fácil, pois torna as pessoas ocas de conteúdo e de interesse.
"Zhara"
hehehe
Desculpem mas este filme nao é mau...
No meio destes comentarios todos chego a uma conclusao:
Imaginem q estamos á 2008 anos atras e houvesse internet.
Será q o cristianismo teria tantas pessoas passado estes anos todos?
Será q Jesus conseguia estabelecer uma religiao ou negocio legal em Portugal!?
Talvez nao pq era um pobre desgraçado c pouco poder... mas conseguiu apesar de naquela epoca só ter 12 "downlines" mesmo q naquela epoca havia e haverá sempre pessoas do contra!
Sejamos democraticos e aceitem q todos na vida temos uma funçao. Uns p negocios, outros p fracassar, outros p comentar, outros p dizerem mal de tudo e todos, etc....
Qto ao estarem sempre a dizer "piramide" ate ja chateia.... será q nao veem o DESENHO de todas as empresas???? Ate do proprio governo!?
Nao é uma piramide!?
Há pessoas q olham para uma parede branca dizem q é preta e ninguem lhe faz mudar o pensamento... nao ha nada a fazer!
Caro anónimo,
Ainda estou a pensar por que carga de água perdeu o seu tempo a escrever essa mensagem insípida.
Começa por dizer que chegou a uma conclusão (e não diz qual é), depois, numa tirada bastante infeliz, compara a vida de Jesus a um negócio de MLM (colocando dos discípulos como o seu "downline"), continua com um apelo para sermos todo democráticos, e acaba a dizer que deveriamos considerar todas as empresas e o Governo como pirâmides (bastando, para chegar a essa concçusão, olhar para o "desenho" - quererá o Sr. dizer Organograma?).
Será que o Sr. não é capaz de fazer algo tão simples como distinguir entre o conceito de "Esquema em Pirâmide" e o formato "em desenho" de uma pirâmide"?
Será que não consegue distinguir entre um sistema em que as chefias pagam para os outros trabalharem e um sistema em que são os "trabalhadores" que pagam para trabalhar (julgando que um dia ficarão ricos à conta disso)?
O que pretendeu ao certo dizer com a sua mensagem?
Cumprimentos.
Eu tenho lido muita coisa sobre a Agel, e tenho reflectido internamente, sobre tudo o que se diz. Mas hoje vou falar.
Vou falar, pois fui um dos 100 primeiros a entrar na Agel, numa altura em que ninguem a conhecia.
Vi a dificuldade dos primeiros tempos...; chegaram-me a perguntar se o gel era para tomar via rectal (enfim).
A Agel tem um (Quase) Bom Plano de Negocio.
E Quase porquê?
Porque começa logo por falhar o SUPORTE.
Tirando Isso o Plano é Bom e Fantástico.
Atençao; O PLANO !!!!
Isto não signifiva que o negocio seja bom.
Os Gels, saiem a menos de 0,20 cents cada 1, e são vendidos ao Distribuidor em Cx de 30unidades a 65€. O que dá mais de 2€ a unidade.
O Negocio é uma ILUSÃO.
Sistema Binário forçado??? Isso não existe.
Aquilo é uma PIRAMIDE, como outro qualquer negocio ou esquema de divisão social.
O governo, os militares, a escola, a igreija, sao tudo piramides. O negocio piramidal, é a forma actual de se fazer negocios, e quem inventar outra forma..., candidate-se ao Nobel da Economia.
Agora o problema é o esquema empresarial que nos é contado...; Na pratica o engodo é esse, pois nós vamos ter que construir a nossa rede TODA !!!!
Como eu fui dos primeiros, tenho acesso aos negocios de muita gente abaixo.E só digo uma coisa "muita parra, pouca uva".
Quanto a ASAE e DECO, os documentos sao verdadeiros e legitimos.
Abraços
(desculpem o anonimato)
Caro Anónimo,
Agradeço a sua participação.
Tanto o negócio como o plano são excelentes para quem os promove, mas nunca para a maioria dos membros que ficam espalhados nas camadas de baixo da rede - sempre na ilusão de conseguirem reunir o número suficiente de recrutas para eles também poderem ascender aos lugares cimeiros.
Em relação ao custo de produção dos géis, torna-se evidente, depois dos cálculos todos efectuados ao plano de compensações, que tem de ser muito baixo, e que há uma verdadeira máquina de marketing a mascarar tudo, ao abrigo da ciência e da tecnologia de ponta.
Quanto às pirâmides, tenha em atenção que tudo pode ser comparado com uma pirâmide, mas que o contexto de um "Esquema em Pirâmide" é diferente de uma pirâmide de divisão social (o governo, a igreja, etc). Um deles não passa de um estratagema comercial -ilegal- para sacar dinheiro às pessoas. O outro é mesmo uma forma organizacional social, se calhar com tantos defeitos como virtudes, mas feito com intuito totalmente diferente - o da ORDEM.
Cumprimentos.
Ola Pedro,
Vai procurar uma trouxa de roupa para lavar, cuide mais da sua vida, que aliás deve ser uma vidinha de merda,
SOU 100% AGEL, E TE AVISO QUANDO FICAR RICO AQUI PELO BRASIL.
UMA BEIJUNDA E UM ABRAÇO FORTE POR TRAS.
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